Terminei
a leitura de um romance que nem chegou às duzentas páginas, um pequeno romance
de Mia Couto, uma pequena pérola da língua portuguesa.
Nesta
pequena obra literária encontro pela primeira vez a expressão “português
moçambicano”, a qual serve para explicar a incorporação na língua portuguesa de
múltiplos vocábulos falados pelas diversas etnias que existem em
Moçambique.
Gosto
muito de ler Mia Couto, gosto muito do Moçambique que o escritor descreve, gosto
das personagens que constrói e gosto de ler em português moçambicano.
“O jovem médico português Sidónio Rosa, perdido
de amores pela mulata moçambicana Deolinda, que conheceu em Lisboa num
congresso médico, deslocou-se como cooperante para Moçambique em busca da sua
amada.
Em Vila Cacimba, onde
encontra os pais dela, espera pacientemente que ela regresse do estágio que
está a frequentar algures. Mas regressará ela algum dia?
Entretanto vão-se-lhe
revelando, por entre a névoa que a cobre, os segredos e mistérios, as histórias
não contadas de Vila Cacimba – a família dos Sózinhos, Munda e Bartolomeu, o
velho marinheiro, o administrador, Suacelência e sua Esposinha, a misteriosa
mensageira do vestido espalhando as flores do esquecimento.”
Um
muito simpático e fantasioso romance que recomendo para leitura.
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