12 de Abril de 2014
Terminei a leitura
desta obra extraordinária, Primo Levi depois de abandonar o Lager alemão
de Auschwitz, inicia a viagem de regresso à sua terra natal, Turim, Itália.
Para muitos críticos esta
é a obra-prima do autor um "...diário
de viagem rumo à liberdade, depois de dois anos de internamento no lager nazi,
este livro, mais do que uma simples evocação biográfica, é um extraordinário
romance picaresco."
"Cheguei a Turim a 19 de outubro (1945), ao
fim de trinta e cinco dias de viagem; a casa estava de pé, todos os familiares
vivos, ninguém me esperava. Eu vinha inchado, barbudo e andrajoso, e custou
fazer-me reconhece (...) Mas só ao cabo de muitos meses se desvaneceu em mim o
hábito de caminhar com o olhar fixo no chão, como que à procura de alguma coisa
para comer ou para embolsar rapidamente e vender por pão; e não cessou de me
visitar, a intervalos ora curtos ora espaçados, um sonho pleno de terror."
O que mais me
surpreendeu nesta obra, foi precisamente a sua temática, na medida em que não
conhecia praticamente nada acerca das vivências dos homens, mulheres e
crianças, após as sucessivas libertações dos campos de concentração e nos
caminhos que percorreram no seu regresso a casa.
Muito há ainda para
eu ler e saber...
Recomendo vivamente a
leitura desta notável obra.
E depois há aquela mania que os livros têm de gostarem da companhia doutros livros e de os chamarem para o pé de si até formarem as pequenas e grandes bibliotecas da nossa vida. Continuação de boas leituras na companhia desses amigos que nunca nos cansamos de trazer para casa...
ResponderEliminarDurante a minha juventude li muitos livros que versavam sobre o tema do Holocausto nazi. Li vários livros, cujo autor foi o Simon Wiesenthal, um sobrevivente dos campos de concentraçãos,ele gastou o resto da sua vida a perseguir nazis. Li o Exodus de Leon Uris. Mas, de todos eles, aquele que mais me impressionou, foi o "Se isto é um Homem",lido em 2013, talvez pela idade, foi um choque. E mais chocada fiquei, quando soube que Primo Levi, depois de tudo o que passou, acabou por se suicidar em 1987.
EliminarE sim, os livros chamam outros livros. Eles também precisam de companhia...