terça-feira, 31 de março de 2015

Livro: A Trégua, Primo Levi, Teorema, 2011.

12 de Abril de 2014

Terminei a leitura desta obra extraordinária, Primo Levi depois de abandonar o Lager alemão de Auschwitz, inicia a viagem de regresso à sua terra natal, Turim, Itália.
Para muitos críticos esta é a obra-prima do autor um "...diário de viagem rumo à liberdade, depois de dois anos de internamento no lager nazi, este livro, mais do que uma simples evocação biográfica, é um extraordinário romance picaresco."
"Cheguei a Turim a 19 de outubro (1945), ao fim de trinta e cinco dias de viagem; a casa estava de pé, todos os familiares vivos, ninguém me esperava. Eu vinha inchado, barbudo e andrajoso, e custou fazer-me reconhece (...) Mas só ao cabo de muitos meses se desvaneceu em mim o hábito de caminhar com o olhar fixo no chão, como que à procura de alguma coisa para comer ou para embolsar rapidamente e vender por pão; e não cessou de me visitar, a intervalos ora curtos ora espaçados, um sonho pleno de terror."
O que mais me surpreendeu nesta obra, foi precisamente a sua temática, na medida em que não conhecia praticamente nada acerca das vivências dos homens, mulheres e crianças, após as sucessivas libertações dos campos de concentração e nos caminhos que percorreram no seu regresso a casa.
Muito há ainda para eu ler e saber...

Recomendo vivamente a leitura desta notável obra.

2 comentários:

  1. E depois há aquela mania que os livros têm de gostarem da companhia doutros livros e de os chamarem para o pé de si até formarem as pequenas e grandes bibliotecas da nossa vida. Continuação de boas leituras na companhia desses amigos que nunca nos cansamos de trazer para casa...

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    1. Durante a minha juventude li muitos livros que versavam sobre o tema do Holocausto nazi. Li vários livros, cujo autor foi o Simon Wiesenthal, um sobrevivente dos campos de concentraçãos,ele gastou o resto da sua vida a perseguir nazis. Li o Exodus de Leon Uris. Mas, de todos eles, aquele que mais me impressionou, foi o "Se isto é um Homem",lido em 2013, talvez pela idade, foi um choque. E mais chocada fiquei, quando soube que Primo Levi, depois de tudo o que passou, acabou por se suicidar em 1987.
      E sim, os livros chamam outros livros. Eles também precisam de companhia...

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