Terminei
a leitura do romance O Anjo Branco de José Rodrigues dos Santos, foi por
curiosidade que o iniciei e foi por uma certa teimosia pessoal que o terminei.
Em tempos, quando não me agradava uma obra, punha-a de parte sem contemplações,
agora, mais madura, faço questão de terminar as leituras que inicio.
Pois
bem, começo por referir que foi uma obra que me chocou, sobretudo, pela linha
temporal da narrativa, possui muitas interrupções, muitos saltos, o que em
minha opinião, não fazem qualquer sentido para a história que está a ser
contada. Quando o personagem principal chega a Lourenço Marques, parece que
estou a ler um artigo de uma qualquer revista de viagens, tal a profusão de
identificações forçadas. Também achei um exagero querer utilizar múltiplas
expressões lexicais típicas de um determinado grupo de pessoas da região e não
gostei mesmo nada da forma como escreve sobre sexo, não é erótico, não é
pornográfico, é rude, é grosseira a forma como se refere às mulheres. Quanto à
história em si, ao retrato social que descrever, ás personagens que construiu,
é tudo muito pobre, tudo muito simples.
Quanto
à questão do “massacre de Wiriyamu”, terá acontecido mesmo? Como é possível ter
existido uma aldeia no interior de Moçambique com um nome em que aparecem duas
letras que não fazem parte do nosso alfabeto?
Enfim,
não fiquei nada convencida e não gostei deste autor, da sua forma de escrever,
mas, recomendo a sua leitura, a fim de todos vós tirarem as vossas conclusões…
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