16 de Abril de 2014
Terminei a leitura de
mais um ensaio sobre um tema estruturante de todas as sociedades e em
particular destaque no nosso País.
Escrito por um
reconhecido Professor de neurocirurgia, para uma Fundação que já nos habituou a
excelentes publicações, sobre os mais variados temas, sempre em linguagem muito
acessível.
Gostei muito dos
tópicos abordados relativamente à Nova Medicina, nomeadamente, a ciência, a
prática e a ética.
Gostei da reflexão de
João Lobo Antunes, quando questionado sobre o progresso da medicina na última
década, "... não sei o que nos espera, mas sei o que me preocupa: é que a
medicina, empolgada pela ciência, seduzida pela tecnologia e atordoada pela
burocracia, apague a sua face humana e ignore a individualidade única de cada
pessoa que sofre, pois embora se invente cada vez mais modos de tratar, não se
descobriu ainda a forma de aliviar o sofrimento sem empatia e compaixão."
Também realço a sua ideia
acerca do movimento dos cuidados paliativos, que considera uma "conquista
moral da Nova Medicina", a que define como "a medicina do crepúsculo,
a medicina da última verdade, do conforto do espírito, do alívio prudente do
sofrimento, do confronto com o outro, do esforço comunal, da preservação tenaz
da dignidade".
Gostei de ler e
sobretudo gostei de ficar a saber que se pensam estas matérias...
Recomendo a leitura
de este pequeno ensaio de apenas 73 páginas.
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