Terminei
a leitura de mais uma obra de Aquilino Ribeiro: “A Via Sinuosa”.
Tenho
partilhado convosco alguns trechos desta obra de que gostei particularmente,
alguns mais ficaram por publicar, mas não resisto a mais este delicioso
parágrafo:
“A Celidónia era uma franganita loira, de tez
ruiva transparente, fino nariz de provocar. O seu jarrete era delgado e a anca
flexível. Nunca trocáramos um beijo, nunca ela pudera suportar o meu braço no
seu braço e, no recato das sombras monacais, chamava-lhe minha e ela, de olhos
no chão, mal bulindo os lábios, mais cândida do que a Virgem quando nos painéis
primitivos aceita a mão de S. José, respondia: e tu és meu”.
Gosto
da forma de escrever de Aquilino Ribeiro, da riqueza das palavras que utiliza
para compor as personagens, para contar histórias sobre pessoas, as suas
vivências que são passadas sobretudo em meio rural.
Recomendo
vivamente a leitura de Aquilino Ribeiro, o Mestre, como lhe chamou uma querida
amiga…
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