Após
a leitura de um autor como Aquilino Ribeiro, ler um autor como Mia Couto, implica
desligar a formatação linguística e entrar em modo livre de criação de novos
vocábulos a partir da velhinha língua portuguesa, foi um deslumbramento ler
“Jesusalém”, fascina-me a sua capacidade de utilização mágica das palavras,
contando uma história cheia de sentido e de conteúdo real e muitas vezes
perturbador.
“Jesusalem é seguramente a mais madura e mais
conseguida obra de um escritor no auge das suas capacidades narrativas (…)”,
de tal modo que incorporou magistralmente poemas de outros autores:
“O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória,
imperecível.”
Adélia
Prado
ou
“Quando
a pátria que temos não a temos
Perdida
por silêncio e por renúncia
Até
a voz do mar se torna exilio
E
a luz que nos rodeia é como grades”
Sofia
de Mello Breyner Andresen
Recomendo
vivamente a leitura dos nossos autores.
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