“É,
portanto, à luz de um contexto ontológico, económico, social e psicológico que
teremos de esclarecer os dados da biologia. A sujeição da mulher à espécie, os
limites das suas capacidades individuais, são factos de extrema importância; o
corpo da mulher é um dos elementos essenciais da situação que ela ocupa neste
mundo. Mas não é ele tão-pouco que basta para a definir. Ele só tem realidade
vivida enquanto assumido pela consciência através das acções e no seio de uma
sociedade; a biologia não basta para fornecer uma resposta à pergunta: porque é
que a mulher é o Outro? Trata-se de saber como a natureza foi nela revista
através da história; trata-se de saber o que a humanidade fez da fêmea humana.”
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