“Mas
inesperadamente é a mãe que a sobe, com uma pressa súbita, fria e hirta,
determinada. Movida por uma qualquer razão obscura, que para sempre lhe
escapará. E mal é poisada no chão da sala que lhe parece mergulhada no breu
absoluto, oscila sem amparo nem orientação, presa de uma vertigem que lhe rasga
o coração descompassado no peitinho transido de medo. Então, implacável, a mãe
volta a aproximar-se, (…)
(…)
e quando finalmente a consegue rodar e a porta se abre, à sua frente está o
longo corredor que reconhece, mergulhado num perfeito negrume, para onde de um
salto se atira em direcção ao esquecimento.”
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