“E
nem estremece quando em seguida a mãe lhe pega por baixo dos braços e a ergue,
leve como um pássaro de ossos miudinhos, sentindo-se tão espantada que nem dá
conta de ser levada até à janela de onde jorra a luz intensa, as duas
alumbradas, cegas desse extremo luzimento, tropeçando no que desconhecem uma da
outra: a loucura e o afecto. Mais inimiga do que mãe, quando sem compaixão
pendura a filha do lado de fora do parapeito de mármore, escaldante àquela hora
da tarde, enquanto a casa se entorpece de silêncio.”
Sem comentários:
Enviar um comentário