“Mas,
afinal, o que era uma noite? Um curto espaço, em especial quando a escuridão
desce tão cedo, e tão cedo, e tão cedo um pássaro canta, um galo grita, ou um
certo verde-pálido se agita, como folha voltada no côncavo da onda. A noite,
porém, segue-se à noite. O Inverno guarda uma provisão de noites, reparte-as
equitativamente, igualmente, com dedos infatigáveis. Prolongam-se; escurecem. Algumas
sustentam no alto claros planetas, placas de brilho. As árvores de Outono,
destroçadas que estão, assumem o fulgor das bandeiras esfarrapadas, que acenam
n treva das frias caves das catedrais, onde letras de oiro em páginas de
mármore descrevem a morte em combate, esses ossos que embranquecem e ardem ao
longe nas areias da Índia. As árvores de Outono cintilam ao luar amarelo, à luz
do plenilúnio do equinócio, luz que esbate a energia do trabalho, e suaviza o
restolho, a à praia traz o enrolado azul da onda.”
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