quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Virginia Woolf in Rumo ao Farol, Relógio D’Água, 2008.

“ (…) mas, com maior detalhe, analisava o outro problema, o dos ricos e dos pobres, e aquilo que vira com os próprios olhos, semanalmente, diariamente, aqui ou em Londres, quando em pessoa visitava uma viúva ou uma esposa com dificuldades, e levava uma mala enfiada no braço e um livro de notas e um lápis com que escrevia, em colunas cuidadosamente alinhadas para o efeito, salários e despesas, emprego e desemprego, na esperança de assim deixar de ser a doméstica cuja caridade era uma espécie de bónus para a sua indignação, uma espécie de alívio para a sua curiosidade, e se convertesse, o que com o espírito por treinar profundamente admirava, numa investigadora que estudasse o problema social.” 










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