“
(…) mas, com maior detalhe, analisava o outro problema, o dos ricos e dos
pobres, e aquilo que vira com os próprios olhos, semanalmente, diariamente,
aqui ou em Londres, quando em pessoa visitava uma viúva ou uma esposa com
dificuldades, e levava uma mala enfiada no braço e um livro de notas e um lápis
com que escrevia, em colunas cuidadosamente alinhadas para o efeito, salários e
despesas, emprego e desemprego, na esperança de assim deixar de ser a doméstica
cuja caridade era uma espécie de bónus para a sua indignação, uma espécie de
alívio para a sua curiosidade, e se convertesse, o que com o espírito por
treinar profundamente admirava, numa investigadora que estudasse o problema
social.”
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