Prisioneira
das ambiguidades que a consomem depois de ter sido afastada dos braços de
Jacob, desespera-se com a falta do seu corpo entre os lençóis da cama vazia.
Desejando pedir ajuda ao divino e lembrando-se de onde ele se depara com a
«porta do céu» quando da saída de Bethsabée a caminho de Haran, resolve seguir
as pegadas do amado, desmanchando-as e desfazendo-as ao perfazê-las no sentido
oposto.
Chegando
à morada de Deus, deita a cabeça numa pedra e descansa, pretendendo decifrar o
enigma. E tal como acontecera a Jacob, logo se depara com a escada de ouro,
degraus de luzimento, por onde os anjos descem e sobem além das nuvens, asas
matizadas pelas quais de imediato se enamorara.
«Vai-te,
que este não é o lugar das mulheres!» - ordenara-lhe o Senhor. Mas tomada pela
paixão do conhecimento, levada pela atracção da queda, desobedece e fica.
Insurrecta.
Imoderada.
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