Terminei a leitura de Olhos Azuis Cabelo Preto, uma obra pouco
conhecida da escritora Marguerite Duras. Da autora li há muitos anos O Amante da China do Norte, um romance
autobiográfico, do qual, confesso, já não me lembro do que li.
A leitura deste romance
de poucas páginas foi intrigante. Tendo sido esta uma semana particularmente
exigente e cansativa, à noitinha, a sua leitura transportava-me para outra
dimensão, a dimensão de Duras, obrigando-me a desligar do dia que então terminava.
De leitura difícil,
exige do leitor uma entrega total, mas, compensa. A literatura compensa.
“Uma última frase, diz o ator, poderia talvez ter sido dita antes do
silêncio. Supostamente teria sido dita por ela, para ele, durante a última
noite do amor dos dois. Estaria relacionada com a emoção que por vezes se sente
quando se reconhece aquilo que ainda não se conhece, com a impossibilidade em
que se está de não se poder exprimir essa impossibilidade por causa da
desproporção das palavras, da sua magreza, face à enormidade da dor.”
Recomendo a leitura de Olhos Azuis Cabelo Preto, mas dou conta,
de que não é de leitura fácil…
Marguerite Duras, uma voz multifacetada no feminino a abrir as portas ao «nouveau roman» francês em particular e à criatividade artística europeias em geral...
ResponderEliminarTenho que reler O Amante da China do Norte, ou então, adquirir outra obra da escritora, a fim de cimentar ideias acerca da mesma.
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