“
Então, para seu grande espanto e perplexidade, de pura raiva desobediente,
comecei a trepar pela parede como um pequeno animal perseguido, a marinhar com
determinação, a fim de chegar ao tecto, ao cimo, ao topo, como se subisse a
encosta íngreme de uma montanha,
pequena
alpinista ousada.
Primeiro
uma mão e depois a outra, pernas finas e longas abertas em leque, a fugir aos
dedos que ela deveria estar a estender para me arrebatar na fuga, a fim de me
colocar de volta ao soalho.
Menina
perecível que eu era, como uma borboleta – sentia-me
um
anjo,
como
me chamava a avó, que escutava vozes, via pessoas mortas e contactava com
galáxias longínquas, como a Andrómeda.”
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