“
- Deixa que te procure no vulto –
diz-lhe Uriel, o anjo da poesia, e ela cede, embora saiba que nem sequer
daninha a consideram entre a ordem dos anjos «Todo o anjo é terrível»,
escreverá séculos mais tarde o poeta; todo o anjo é impiedoso, todo o anjo é
sedutor, olhar perdidamente melancólico e esplendorosas asas fulvas que ela não
se atreve a comparar às suas, incipientes e pálidas, embora matizadas de carmim
e violeta.”
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