"A
marquesa de Alorna (Leonor de Almeida Portugal – 1780/1838) foi uma grande
figura do seu tempo, aliás com um percurso de vida riquíssimo e multifacetado,
que tem designadamente um magnífico romance que lhe é dedicado e disso mesmo
bem ilustrativo: As Luzes de Leonor, de Maria Teresa Horta. Como poeta, com o pseudónimo
de Alcipe (que lhe foi “inventado” por Filinto Elisio), tem uma larga obra, de
que em vida só deu a conhecer uma pequena parte, divulgada em manuscritos, não
obstante isso sendo bem conhecida. E “a sua obra completa em verso teve uma
única edição promovida pelas suas filhas em 1844”, como assinala a especialista
Vanda Anastácio (VA), responsável pela organização, introdução e nota
bibliográfica desta antologia, Obra Poética, saída na muito útil e oportuna
Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa, da Imprensa Nacional – Casa da
Moeda, dirigida por Carlos Reis, que assina também uma nota “prévia”. Antes
desta, sublinha ainda VA, foi publicada em Portugal só uma antologia da lírica da
Alcipe, em 1960, e no Brasil uma edição critica dos sonetos, em 2008. Para “desfrutar
da leitura dos seus versos o leitor de hoje deverá dispor-se a empreender uma
espécie de viagem mental ao Portugal do Século das Luzes, situar os elementos
mais datados dos seus versos no tempo longo da História e deixar-se tocar por
esses outros aspetos que não perderam atualidade”, sublinha ainda a prefaciadora.”
É pena o livro estar editado com o novo acordo ortográfico.
ResponderEliminarBoa tarde Luis,
EliminarO JL escreve de acordo com o novo AO, o livro não sei, pois, ainda não o adquiri.
Não deixa de ser um pouco estranho ler um livro de poemas escritos nos finais do século XVIII e princípios do século IXX, à luz do novo AO, certamente que terá sido aplicado apenas nos textos escritos. Não sou propriamente conta o novo AO, mas, não deve casar muito bem...
Onde se lê IXX, deve ler-se XIX...
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