O mês de julho terminava e eu concluía a leitura
do segundo romance de Licínia Quitério (1940-), uma escritora e poetisa nascida
mafrense que conheci na rede social facebokiana há alguns anos.
A leitura deste pequeno romance (134 págs.) perturbou-me,
com um final inesperado deixou-me um vazio interior, aguardava por um final mais
prometedor, mas tal não aconteceu.
É assustador pensar que há vidas assim, sem cor,
sem luz, sem esperança de coisa alguma. Vidas comuns em terras pequenas ou
grandes, aldeias, vilas ou grandes urbes, vidas iguais a tantas outras, será
mesmo assim? É terrível acreditar que sim.
A escrita de Licínia Quitério é muito interessante, sempre em discurso indireto (será que ainda se diz?), os personagens são tratados
independentemente uns dos outros e os diálogos entre si dois a dois, uma estreia
para mim.
Da autora ainda tenho para ler, além da sua
poesia, o romance A Metade de um Homem.
De momento convido-vos a descobrir Os Olhos de
Aura…
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