quarta-feira, 21 de agosto de 2019

in Entrevista a Maria Teresa Horta, por João Céu e Silva, DN (21ago19).

"Utiliza a expressão poetisa em vez de poeta. Prefere ser chamada assim?
Se me chamarem poeta aceito, porque é uma coisa maravilhosa ser poeta e sempre será. Poetisa é a mesma coisa. Se perguntarem o que acho, creio que me estão a beneficiar. Quando se está a dizer que uma mulher é poeta está-se a dizer que é uma muito boa poetisa. É isto. Na realidade a razão deve-se à Natália, que não dizia poeta mas sempre poetisa, e antes de morrer tivemos uma conversa sobre isso. E ela disse-me: "Maria Teresa, vai-me prometer que continua a escrever poetisa e não poeta." Eu prometi e tenho de cumprir em absoluto. Ela dizia "se eu desapareço, não há mais ninguém que o faça. A Sophia não diz, a Fiama também não". Porque não hei de dizer poetisa? Mas tratarem-me por poeta não é ofensa. Só não tratarei um homem por poetiso."


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