Ainda
a propósito dos incêndios na Ilha da Madeira e da circunstância da
Alfândega do Funchal ter sido das poucas instituições públicas a
funcionar durante o dia de ontem, gostava de referir o seguinte:
Para
a esmagadora maioria das pessoas, a alfândega são aqueles homens e
mulheres que trajam de azul e branco, que se encontram à saída da sala
de bagagem nos aeroportos, que após uma cansativa viagem e uma
interminável espera pelas nossas malas, nos impedem de ir ao encontro de
familiares e amigos que nos aguardam impacientes, ainda nos querem
revistar e revirar os nossos preciosos pertences.
Pois bem, tenho uma surpresa para quase todos vós: a alfãndega é muito mais do que um empecilho, mas essa é outra história...
O
que aqui venho dizer é que nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
Açores, para além de todas as atribuições que nos estão acometidas
idênticas ás das restantes alfândegas continentais, foi-nos atribuida
uma tarefa adicional, uma tarefa fundamental para o normal funcionamento
das economias regionais e que é o controlo na entrada de mercadorias
pereciveis, mas não só, bens de primeiríssima necessidade e que se
destinam ao consumo da população residente e turistica, como por
exemplo: carne, manteiga, queijo, arroz, azeite, óleo, forragens, etc,
etc. Todas estas mercadorias são sugestíveis de receber ajudas no âmbito
do regime POSEIMA, um programa específico comunitário de apoio ao
abastecimento das regiões ultraperiféricas. Ora, este é o motivo
primeiro pelo qual a alfândega não pode encerrar portas, só mesmo em
caso de não conseguimos aceder ao nosso edifício.
Sendo
certo que durante o dia de ontem não estavamos todos ao serviço, em
virtude de alguns colegas se encontrarem a defender as suas casas do
fogo, os que se encontravam em condições de assegurar o seu posto de
trabalho e o daqueles que não o puderam fazer, disseram presente!
Sinto uma enorme responsabilidade e um imenso orgulho em ser aduaneira! Um por todos e todos por um!
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