“Para
Hierão de Etna
Vencedor
na corrida de carro
Lira
de ouro, pertença de Apolo e das Musas de tranças
cor
violeta, o passo de dança, principio do esplendor festivo,
ouve-te
, e os cantores seguem os teus sinais, quando, vibradas
as
cordas, dás inicio aos prelúdios condutores dos coros.
E
extingues o raio de fogo pontiagudo que corre eternamente.
A
águia dorme no ceptro de Zeus, deixando tombar para
ambos
os lados as rápidas asas.
À
rainha das aves, derramaste-lhe sobre a sua cabeça dobrada
uma
nuvem de faces negras, o suave fechar dos olhos.
E,
dormindo, ela balança as costas lânguidas, tomada pelas
tuas
rajadas de vento. Até o violento Ares deixa de lado
a
ponta rija das lanças e aquece o coração num profundo
sono.
As tuas flechas encantam o espírito das divindades com
a
perícia do filho de Leto e das Musas de cintura fina
e
de formosos seios.
[…]
Píndaro
[Grécia,
518-442 AEC]
(Tradução
de António de Castro Caeiro em Odes a Píndaro, Quetzal, 2010)”
Nunca é de mais divulgar a poesia de Píndaro, um dos criadores do género lírico com repercussões em todo o mundo ocidental...
ResponderEliminarTanto há ainda por ler e desfrutar.
ResponderEliminarAs minhas pueris cópias ajudam-me a descobrir novas emoções...