terça-feira, 19 de julho de 2016

Píndaro in revista Ler, Verão 2016.

A badana da revista LER, traz sempre um poema, desta vez, deparei-me com Píndaro…

“Para Hierão de Etna
Vencedor na corrida de carro

Lira de ouro, pertença de Apolo e das Musas de tranças
cor violeta, o passo de dança, principio do esplendor festivo,
ouve-te , e os cantores seguem os teus sinais, quando, vibradas
as cordas, dás inicio aos prelúdios condutores dos coros.
E extingues o raio de fogo pontiagudo que corre eternamente.
A águia dorme no ceptro de Zeus, deixando tombar para
ambos os lados as rápidas asas.

À rainha das aves, derramaste-lhe sobre a sua cabeça dobrada
uma nuvem de faces negras, o suave fechar dos olhos.
E, dormindo, ela balança as costas lânguidas, tomada pelas
tuas rajadas de vento. Até o violento Ares deixa de lado
a ponta rija das lanças e aquece o coração num profundo
sono. As tuas flechas encantam o espírito das divindades com
a perícia do filho de Leto e das Musas de cintura fina
e de formosos seios.
[…]

Píndaro
[Grécia, 518-442 AEC]
(Tradução de António de Castro Caeiro em Odes a Píndaro, Quetzal, 2010)”


2 comentários:

  1. Nunca é de mais divulgar a poesia de Píndaro, um dos criadores do género lírico com repercussões em todo o mundo ocidental...

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  2. Tanto há ainda por ler e desfrutar.
    As minhas pueris cópias ajudam-me a descobrir novas emoções...

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