“Depois,
tem de sublinhar-se que, num mundo global, nenhum país da CPLP deixará de
pertencer a outras organizações: Portugal pertence à União Europeia, à NATO, à
UNESCO, como exemplo, Moçambique não pode ignorar que é porta para toda a
África do Sul, que o Brasil tem que acompanhar a solidariedade da América
latina, e assim por diante: a diplomacia da CPLP exige uma qualidade excecional
para harmonizar, como tem conseguido, esta complexa situação. Por outro lado
não pode ignorar definições regionais, em que nem todos terão interesse em
participar, e a primeira julgo será a indispensável organização da segurança do
Atlântico Sul, o Oceano Moreno, expressão que usei faz dezenas de anos. A
situação exige uma articulação com a NATO, não fusão, com a linha de arquipélagos
como que a separar as águas geográficas.”
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