“A obra de Maria
Teresa Horta (MTH) tem sido, desde a sua estreia, um contínuo questionar das
fronteiras entre a palavra e o corpo. Como escreveu António Ramos Rosa num
ensaio intitulado “MHT ou a sublevação do corpo”: “Todos os poemas da autora
são poemas em que o desejo se enuncia sem entraves, mas sem excluir o poder
encantatório de uma palavra que, na sua audácia sensual, mantêm ainda certo tom
elegíaco, e como que um murmúrio em que se esbatem os contornos da enunciação. Julgo
que a reedição de Minha Senhora de Mim
esse «desejo sem entraves», aquele poder encantatório do discurso e a «audácia sensual»
que não deixa, amiúde, de estar próxima de uma certa merencória expressão do
amor.“
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