“Eis que
morreste - agora já não bate
O vosso coração
cujo bater
Dava ritmo e
esperança a meu viver
Agora estais
perdidos para mim
- O olhar não
atravessa esta distância –
Nem irei
procurar-vos pois não sou
Orpheu tendo
escolhido para mim
Estar presente
onde estou viva
Eu vos desejo a
paz nesse caminho
Fora do mundo
que respiro e vejo…”
(livro sexto,
1962)
Quando nos deixa
alguém próximo, como agora aconteceu, não há palavras. Mas tudo estava dito,
quando ouvimos:
“E eu vos peço
por este amor cortado
Que vos lembrai
de mim lá onde o amor
Já não pode
morrer nem ser quebrado
Que o vosso
coração já não bate
O tempo denso de
sangue e saudade
Mas vive a
perfeição da claridade
Se compadeça de
mim e do meu pranto
Se compadeça de
mim e do meu canto”
A escolha foi
premonitória. Esse diálogo com Sophia significa o encontro do espírito, da
lembrança e da liberdade.”
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