Junto
ao mar, num cenário deveras apropriado, terminei a leitura do romance levemente
histórico, A Rainha Ginga e de como os
africanos inventaram o mundo, do escritor, luso-angolano, ou será o inverso?
José Eduardo Agualusa.
J.
Eduardo Agualusa é um escritor de quem gosto muito, já li várias obras suas e
de todas gostei, umas mais do que de outras, é certo, mas, de um modo geral
aprecio bastante a sua escrita.
A
ação deste romance decorre entre Luanda e territórios circundantes e o litoral
do outro lado do Atlântico, Pernambuco, e as cidades de Olinda e Recife. Numa
narrativa bastante ágil e movimentada, mas, sem a profundidade de outra obra,
como A Gloriosa Família de Pepetela,
é um romance muito interessante, um olhar visto por um “…dos secretários da rainha, um padre pernambucano em plena crise de fé,
o agitado século em que esta viveu.”
Existirão
certamente muitas histórias a serem contadas pelo lado dos africanos sobre os
tempos da escravatura, dos reis/sobas, dos conquistadores e dos conquistados.
Como
cidadã deste século, não me orgulho do nosso passado, mas a história tem que
ser contada.
Recomendo
a leitura de A Rainha Ginga e da obra
do José Eduardo Agualusa…
História romanceada interessante de seguir sobre a tal soberana que se vestia de homem e tinha um serralho de mancebos vestidos de mulher, a tal que terá dito que quanto maior é um rei, menor lhe parece o mundo…
ResponderEliminarSim Artur, tudo verdade, mas, para mim o realce será sempre a questão do tráfico de seres humanos e das relações "comerciais" que se estabeleciam entre os povos por via do comércio de homens, mulheres e crianças.
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