Continuando a seguir o meu
plano de leituras, autores masculinos de língua portuguesa, viajei para Cabo
Verde ao encontro de Germano Almeida (1945), Prémio Camões 2018.
Ontem à noite
conclui a leitura do primeiro romance publicado do galardoado escritor, O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo,
há muito desejava ler este título, não me dececionei.
“Uma nova
luz sobre a vida e pessoa do ilustre extinto, foi como o Sr. Américo Fonseca,
já a caminho de Lombo de Tanque, definiu a abertura do testamento do Sr. Napumoceno.”
Numa forma de
escrever que muito me agradou, o autor retrata uma sociedade pobre em recursos,
diferente de Ilha para Ilha, espelhando bem, muito bem o caráter das suas
gentes.
Se através do
estudo e do trabalho é possível ascender a uma vida melhor, para a maioria dos
cabo-verdianos, a emigração é a única forma de fugir da pobreza, da seca e da
fome.
O romance
desenvolve-se num crescendo de beleza e de sentido, o clímax atinge-se após a
leitura do IX capítulo, o último.
Resta-me convidar-vos a descobrirem
este pequeno (190 pág.) grande romance, quanto a mim, parti em direção à Costa
Oriental de África ao encontro da escrita mágica de Mia Couto…
Sem comentários:
Enviar um comentário