Mais uma
estreia, mais uma autora que me foi apresentada, aconteceu durante o ano passado que
ouvi falar de Maria Judite de Carvalho (1921-1998), uma escritora “silenciosa”,
mais conhecida do grande público por ser mulher de Urbano Tavares Rodrigues.
Maria Judite de
Carvalho voltou a ser falada depois de começar ser publicada, desta vez
pela editora Minotauro, uma chancela do grupo Almedina, ainda bem.
Existem realmente mulheres talentosas que dificilmente saem para a luz.
Existem realmente mulheres talentosas que dificilmente saem para a luz.
No ano passado
adquiri o volume II das suas obras completas (Paisagem sem Barcos, Os Armários
Vazios e O Seu Amor por Etel), mas, em outubro descobri num alfarrabista uma
primeira edição (1995), de Seta Despedida,
das Publicações Europa-América, um livro de contos e a mais premiada das suas
obras.
Relativamente à
sua escrita, primeiro estranhei a melancolia, a tristeza, a negatividade, o
abandono e a solidão das suas personagens, sobretudo mulheres que vivem vidas
de “faz-de-conta que está tudo bem”.
Todos nós sabemos
que nem tudo é claridade, felicidade, esperança e otimismo nas nossas vidas e
estes personagens espelham bem essas vivências e sentires.
Seta Despedida, é um livro de
contos muito curtos, pesados em emoções que nos fazem pensar.
Oportunamente
irei ao encontro de Maria Judite de Carvalho, uma escritora com voz própria…
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