Durante este período curto de férias (5 dias
úteis), fiz o que mais gosto de fazer: ler.
Só li autoras portuguesas: regressei a Lídia Jorge,
a Maria Teresa Horta e agora a Teolinda Gersão, que há muito não lia.
Sabe cada vez melhor ser dona e senhora do meu
tempo, sem horários, sem compromissos de maior. Sinto que a idade nos traz a
lucidez de compreender que o nosso tempo mais precioso é aquele que passamos connosco
próprios. Não obstante a companhia próxima daqueles que amamos e queremos bem.
Se e quando tiver possibilidades durante as
pausas profissionais irei viajar, mas, mesmo que um dia tal venha a acontecer,
o tempo para a leitura será sempre um tempo preciosamente saboreado e imprescindível
para o apaziguamento interior.
A literatura permite-me aprender, descobrir, viajar,
viver a vida.
A leitura deste título, A Cidade de Ulisses,
seduziu-me logo nas primeiras páginas através da história da cidade onde nasci,
parecia mesmo um romance histórico, mas mais adiante compreendi que não era,
apenas fazia parte de um enredo construído em torno de um jovem casal de artistas
plásticos enamorados e de uma cidade milenar.
À volta destes três personagens se desenrola
toda a ação deste singular romance. Um romance contemporâneo, que atravessa a
história recente do país, é fácil reconhecermos neles os tempos altos e baixos
por que passamos.
Amanhã regresso ao serviço e continuarei a
seguir o plano de leituras que tracei, desta feita, autores estrangeiros:
Stendhal, James Joyce, Gustave Flaubert e Fiódor Dostoievski. De novo plano de
leituras darei conta em 2019…
Apreciei o regresso a Teolinda Gersão, irei procura-la
brevemente, por agora, convido-vos a descobrirem a escritora…
É o que se chama umas férias bem aproveitadas...
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