Embalada pelo som de Sheherazade, de Nikolai
Rimsky-Korsakov (1844-1908), pela Kirov Orchestra, concluí o romance mais
polémico de Lídia Jorge, A Última Dona.
“Uma
história perturbadora de clandestinidade, de duas pessoas que resolvem viver,
em cinco dias, o seu derradeiro amor.”
A particularidade deste romance é que entre os
dois amantes distam trinta e cinco anos de vidas completamente opostas, ele
mais velho, com uma carreira consolidada, técnico, estudioso, administrador, com um casamento longo e sem sobressaltos, que de repente se descobre
loucamente apaixonado por uma jovem com vinte anos muito vividos e sofridos.
O personagem masculino, engenheiro de profissão
resolve convidar a jovem mulher para passarem cinco dias num refúgio
supostamente longe do olhar de todos, A Casa
do Leborão.
“A Última
Dona é a visita à interioridade de um homem tranquilo, que tendo sido tocado
pelo rumor da paixão, experimenta em segredo uma aventura única onde a
dramaticidade dos gestos se cruza com a perplexidade dos limites.”
Concluo a minha breve reflexão recomendando a
leitura deste romance…
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