Conheço
o Miguel Real através das críticas literárias que elabora para o Jornal de
Letras, também já tive o prazer de o ouvir no Festival Literário da Madeira, na
edição de 2014.
Esta
incursão pela sua escrita ficcional levou-me até à Índia, mais especificamente
até Goa, conhecida como «a Roma do Oriente», pelo seu elevado número de
igrejas.
Este
é um romance histórico, mas não inteiramente, é estranho e é complexo.
O
Feitiço da Índia conta a história de
três homens, alegadamente, a história do primeiro português a pisar solo
indiano (no tempo das Descobertas), depois, um segundo personagem que nos anos
sessenta viaja até Goa, à procura de uma vida melhor, mas, que acabando por
esquecer a família que deixara em Lisboa, em Goa constitui nova família e por
lá morre. Finalmente, um terceiro homem, que nem por acaso é o narrador de toda
esta história e filho do segundo personagem, após a morte de sua mãe, que toda
a sua vida esperara pelo marido, parte em busca dele, durante o politicamente
quente ano de 1975.
«Através da experiência destas três
personagens inesquecíveis – e com a ironia e a qualidade a que Miguel Real nos
habituou -, Miguel Real oferece-nos o retrato fascinante de Goa e da costa do
Malabar, na Índia, em três épocas marcantes da sua história.»
Da
escrita de Miguel Real, gostei de uma forma intermitente. Possui passagens
muito boas, mas outras nem tanto.
Termino
recomendando a leitura deste romance, para que de moto próprio tirarem as
vossas conclusões.
E eu conheço o Miguel Real através dos congressos e das reflexões peculiares sobre a nossa cultura milenar. Um dia destes aventuro-me na ficção que também vai produzindo a um ritmo assinalável...
ResponderEliminarPara quem se quer armar que lê e comenta livros, deixe-me dizer-lhe que o seu português deixa muito a desejar.
ResponderEliminarDois reparos apenas, no caso deste texto, pois não tenho paciência para exemplificar nos restantes e muito menos para me demorar na pobreza do conteúdo geral:
- A primeira frase deveria ser dividida em duas, ou seja, em vez da vírgula deveria existir um ponto final: "Conheço o Miguel Real através das críticas literárias que elabora para o Jornal de Letras. [PONTO] Também já tive o prazer de o ouvir..." Em alternativa, poderia ter escrito: "Conheço o Miguel Real através das críticas literárias que elabora para o Jornal de Letras, também JÁ TENDO TIDO O PRAZER de o ouvir..."
- Último parágrafo (uma gritante nódoa estilística): "Termino recomendando a leitura deste romance, para que de modo próprio tirarem as vossas conclusões." A primeira calinada é de índole lexical. Não se diz "de modo próprio". A expressão correcta é "de/por moto próprio". Se se preferir, pode usar-se a expressão latina "de motu proprio", em itálico e sem acento.
Duas outras correcções prendem-se com a construção morfo-sintáctica da frase, que deveria ser: a) "...para que de modo próprio [?] TIREM as vossas conclusões"; b) "...para [OMITIR A CONJUNÇÃO "QUE"] de modo próprio TIRAREM as vossas conclusões". Atenção à diferença entre CONJUNTIVO PRESENTE e INFINITIVO PESSOAL, Srª Drª da Mula Ruça.
Não tem nada que agradecer!
Quando queremos corrigir alguém e dar as nossas opiniões, antes de um bom português há que ter boa educação. Além de nomes ridículos sempre ouvi dizer que críticas bem-vindas são apenas críticas construtivas e que o respeito é a base de uma boa civilização, além do mais a pessoa a quem se referiu como "Mula Ruça" é uma pessoa que aprecia críticas e corrige sempre o seu vocabulário pois ao contrário de si (ou deveria dizer "de ti" visto que a má educação está na moda) é uma pessoa com SENSO COMUM E RESPEITO.
EliminarPor fim, com essa educação toda deve de ser uma grande doutora por isso de certo tem mais que faça do que insultar e faltar ao respeito a alguém que nem conhece de lado nenhum Srª Drª Cristina Tavares.
E não tem que agradecer, respeite apenas este ensinamento tendo respeito pelos outros, que falar bem não basta, há que saber usar essas role de palavras que tanto insiste em mostrar. Beijos :*
Cara Cristina,
ResponderEliminarAs suas palavras surpreenderam-me na exacta medida da importância que a minha reflexão sobre a obra do Miguel Real, afinal, se revelou.