“…troquemos,
pois, as armas, a fim
de que estes
saibam
que nos sentimos
honrados com a
hospitalidade
dos nossos maiores.
*
Depois de assim
falarem, saltaram
dos seus
cavalos,
apertaram as
mãos e juraram lealdade” (Canto VI, 230-233)
Depois
transcrevo esta passagem de Hesíodo
“…É essa a lei
que o Crónida
Prescreveu aos
homens:
que os peixes,
os animais selvagens e
os pássaros
alados
se devorem uns
aos outros, pois
entre eles não
há Justiça: mas aos homens deu ele a Justiça,
em muito o maior
dos bens…”
(Trabalhos e Dias, 275-280)
Devo anotar que
estes poemas contam 2800 anos.
Três séculos depois,
as palavras de Péricles:
“O regime
político que nós seguimos não inveja as leis dos nossos vizinhos, pois temos
mais de paradigmas para os outros de que de seus imitadores. O seu nome é
democracia, pelo facto de a direção do Estado não se limitar a poucos, mas se
estender à maioria; em relação às questões particulares, há igualdade perante a
lei; quanto à consideração social, à medida em que cada um é conceituado, não
se lhe dá preferência nas honras públicas pela sua classe, mas pelo seu mérito;
nem tão-pouco o afastam pela sua pobreza, devido à obscuridade da sua
categoria, se for capaz de fazer algum bem à cidade.
(…) Amamos o
belo com simplicidade e prezamos a cultura sem moleza (…) E somos os únicos que
ajudamos alguém, não tanto com a mira nas vantagens, como com a confiança
própria de homens livres”. (Tucídides, Livro II)
Assim falavam. E
assim falou Demóstenes no século seguinte, quando invasores por um lado,
traidores e intriguistas pelo outro, se uniam para escravizar a Grécia:
“Mas não, não é
possível que tenhais cometido um erro, Atenienses, ao tomar sobre vós o risco
de lutar pela liberdade e a salvação comum”. (Oração da Coroa, 208) ”
Sem comentários:
Enviar um comentário