Quadras aeroportuárias

Oh meu querido Santo António

Santo da minha devoção

Traz bons ares ao aeroporto

Que isto está uma confusão!

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Com o progresso tecnológico

Tudo se compra na net

É o telemóvel, é o vestido

Mas nada de juntar o frete!

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Esquecem-se da mercadoria

Atrasam-se nas declarações

Depois ficam estupefactos

Pois têm de pagar Leilões!

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Exigimos com rigor

Tudo o que é necessário

A Contrastaria, o Cites

O Furim e o Fitossanitário!

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O operador económico

Vem esbaforido a reclamar!

E tão urgente! Ai o cliente!

Onde é que isto vai parar?!

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Pode dar-me uma franquia?

Qual é o melhor artigo?

Imprime-me a declaração?

Veja em mim um amigo!

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Faz um milagre bem feito

No momento de desalfandegar

Queremos a fatura correta

Não nos estejam a aldrabar!

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Controlo documental?

E melhor verificar!

Na fatura estão cebolas

No volume um alguidar!

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O comprovativo de pagamento

E diferente da fatura

Toma lá uma coima

Ai meu Santo, que loucura!

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Nesta Alfândega do Aeroporto

Quem está primeiro é o utente

Tem toda a consideração

E na verdade nunca mente… !

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E se a divida surgir

A carga não vai embora

Vem a malta das Finanças

Tem de proceder à Penhora!

*

Quero a minha carga já!

O valor real? Nem vê-lo!

Não concordo com nada disto,

Traga-me o Livro Amarelo!

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Tudo funciona tão bem

Neste mundo aduaneiro

Sto António de Lisboa

Fica cá o ano inteiro!