Enriquecido com os textos de Gabriel García Márquez e Carlos Fuentes, Pedro Páramo, de Juan Rulfo (1917-1986), natural de Apulco, Jalisco/México, é “Uma das melhores novelas das literaturas de língua hispânica e provavelmente da literatura universal.”, escreveu Jorge Luis Borges.
A propósito desta leitura, senti a necessidade de aprofundar os conceitos de “conto”, “novela” e “romance”, ler também implica aprofundar conceitos que se julgam sabidos.
Relativamente à leitura de Pedro Páramo, apesar do que já havia lido sobre o escritor e sobre esta obra em particular, senti-me mergulhar num universo paralelo, onde os vivos convivem com os mortos, onde as relações entre homens e mulheres, ricos e pobres se prolongam para lá da vida, o tempo que não existe, quando existe é simultâneo.
Vidas doridas, numa “região árida e pobre, onde camponeses que lutam pela subsistência, caciques brutais e revolucionários sanguinários, coexistem num cenário semidesértico carregado de injustiça, violência e morte.”
Recordei a escrita de Gabriel García Márquez, e apurei que a sua obra “é considerada como fundadora, origem de uma nova forma de literatura, que deu lugar a escritores como Gabriel García Márquez, um dos seus mais famosos e reconhecidos devedores.”
Uma novela para ser lida em tempo pausado, entramos, mas temos de sair daquele universo, hei de regressar a Juan Rulfo, seguramente.
Recomendo…
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