Terminei ontem à tarde a leitura do meu primeiro
ensaio filosófico, dediquei-lhe 29 dias, quase todo o querido mês de agosto. Habitualmente, não gozamos férias durante
este mês, de maneira que quase todo o meu tempo livre foi passado a
descodificar as ideias de Hannah Arenth. Avisaram-me que não seria uma
leitura fácil, mas resolvi seguir em frente, foi uma descoberta.
De acordo com a autora, este livro é uma
compilação de um naipe de conferências realizadas, em abril de 1957, na
Universidade de Chicago.
Este ensaio deu-me a conhecer um mundo novo,
pensar quem somos e quem queremos ser no futuro.
Tudo começa quando, em 1957, o homem lança o
primeiro satélite para o espaço e aí, durante um certo período de tempo, executa uma trajetória ao redor da terra.
Numa reação normal ao acontecimento, um jornal norte-americano
de grande tiragem escreve em letras garrafais na primeira página «o primeiro passo para libertar o homem da
sua prisão na Terra».
A Terra «a
própria quinta-essência da condição humana», é, ao que sabemos, o único
planeta onde é possível viver sem esforço ou quaisquer artifícios.
São os artifícios humanos que nos separam dos
restantes animais que tal como nós habitam este planeta, mas a vida que existe
fora do mundo artificial mantém-nos ligados aos outros seres vivos.
O homem pretende fugir da prisão eterna usando a ciência, e através da ciência o homem quer
deixar de ser um «filho da natureza»
criando vida numa proveta.
A autora reflete sobre o que parece ser «uma rebelião [do homem] contra a existência
humana tal como nos foi dada – um dom gratuito vindo do nada (secularmente
falando), que ele deseja trocar, por assim dizer, por algo produzido por ele
mesmo».
«Trata-se
apenas de refletir sobre o que estamos a fazer.»
Desafiante, reflexivo, extraordinariamente interessante,
recomendo uma leitura cuidadosa…
Sugestões, sugestões, sugestões! Quantas horas teria de ter o dia para segui-las a tidas? Continuação de boas leituras | Continuação de boas escritas...
ResponderEliminarPromessas, promessas de descobertas praserosas, do muito que se nos oferece! Haja tempo, que vontade não falta!
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