Terminei uma leitura muito interessante e
curiosa, mas só no final a compreendi, Gertrude Stein (1874-1946), escreveu a sua
autobiografia mas do ponto de vista de Alice, algo confuso não é?
Gertrude S. “era
uma jovem escritora de 28 anos quando, em 1903, regressou a Paris e aí passou a
residir com o seu irmão Leo.
Em
1907, chegou à capital francesa Alice B. Toklas, igualmente originária de uma abastada
família californiana.”
Depois de se conhecerem, Alice foi trabalhar com
Gertrude como sua assistente, vindo a tornar-se sua companheira.
A vida de Gertrude S. em Paris girava à volta
dos múltiplos escritores e pintores que recebia aos sábados à noite, grandes
tertúlias aconteciam em sua casa, ao mesmo dava apoio nas dificuldades por que
passavam no início das suas vidas artísticas e influenciava os seus trabalhos.
Conheceu e foi amiga de muitos deles, Picasso,
Cézanne, Matisse, Juan Gris, Scott Fitzgerald, Apollinaire, Cocteau, Pound,
Hemingway e outros tantos.
Gertrude S. contribuiu para o esforço de guerra
(Primeira Grande Guerra), disponibilizando
o seu carro ao Fundo Americano para os Feridos Franceses, desta forma Gertrude
e Alice passaram a transportar o que era necessário entre hospitais na linha da
frente, incluindo visitar doentes acamados.
Depois de a guerra terminar Gertrude e Alice regressaram
a Paris e às rotinas de antes, se bem que a vida parisiense não voltou a ser o
que era.
Este livro numa escrita rápida e sem ir muito ao
fundo dos personagens reais, é essencialmente um conjunto de histórias sobre
escritores e pintores e as suas vivências na Paris dos loucos anos do início do século
XX.
De acordo com a própria autora foi escrito em
apenas seis semanas.
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