“Os
incêndios florestais são hoje uma metáfora da capacidade que Portugal terá, ou
não, de continuar como país que almeja manter um razoável grau de soberania,
sem ignorar a interdependência na comunidade internacional e na EU em particular.
Vencer
a catástrofe sazonal dos incêndios florestais deve ser visto, a esta luz, como
uma prova de vida da vitalidade nacional.
Aqui
não há desculpas. Não há troikas, nem politicas impostas pelos credores. Aqui está
tudo na nossa mão. Não há destino fatal e invencível! Ou apagamos os incêndios,
na escala vergonhosa que vão assumindo quase todos os anos, ou então, devemos
passar a nós mesmos um atestado de indigência e irresponsabilidade. Na pior das
hipóteses, Portugal não seria apenas um “país de suicidas”, para recordar o que
sobre nós pensava o grande Miguel de Unamuno. Seremos também um país de
incendiários contumazes.”
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