domingo, 29 de dezembro de 2024

Leituras.

O ano prestes a terminar, o plano de leituras no feminino - escritoras estrangeiras, continua.

Assim, depois de concluir a leitura de “Ressurgir”, de Margaret Atwood, um livro poderoso, que nos interpela, desde o cenário, a floresta e os lagos canadianos, as personagens, à escrita da autora, muito bom. 

Irei regressar a M. Atwood.

Recomendo vivamente.

O ano está prestes a chegar ao fim e a leitura que venho fazendo em simultâneo com a que referi no parágrafo anterior, vai continuar a fazer-me companhia, ao final da tarde, em 2025, refiro-me aos “Contos Completos”, de Lydia Davis, muito interessante, embora uns contos mais do que outros.

“Mrs. Dalloway”, de Virgínia Woolf, irá começar a acompanhar-me ao serão.

Sou fã de Virgínia Woolf…

Para todos Vocês, votos de boas leituras agora e para 2025! 



Últimas aquisições de 2024 🎉🥳🎊

 







sábado, 16 de novembro de 2024

Leituras

 Depois de concluir a leitura de “Madeira Ilustrada”, de Andrew Picken, iniciei logo “Ressurgir”, de Margaret Atwood, uma estreia para mim, bem sei que é muito considerada, promete!

Bom serão, meus amigos!



Leituras

 Não costumo ler dois livros ao mesmo tempo, o habitual é ler um livro após o outro, todavia, qdo um livro é pesado torna-se difícil segurá-lo numa posição deitada…

Enquanto durante o dia me entrego à leitura de “Contos Completos”, de Lydia Davis, à noite deixei-me conduzir ao sabor dos passeios e excursões, montanha acima, montanha abaixo, tão bem descritas em “Madeira Ilustrada”, de Andrew Picken (1815-1845), desenhador, aguarelista e litografo britânico que demandou a Ilha em busca de recuperação para a sua debilitada saúde, o texto é de James Macaulay (1817-1902), um jovem licenciado em medicina pela Universidade de Endimburgo, que se deslocou à Madeira também por motivos de saúde e aqui residiu durante dois anos.

Publicado em Londres, no primeiro semestre de 1841, “Madeira Ilustrada” foi uma das primeiras obras a fornecer informações detalhadas e úteis ao viajante que procurava a Ilha por motivos de saúde, de interesse científico ou simplesmente por lazer.”

Uma leitura muito prazerosa complementada por magníficos desenhos para pirogravura de vários pontos de interesse. Uma delícia…



quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Leituras

Prosseguindo o meu plano de leituras no feminino - escritoras estrangeiras, continuo em terras norte-americanas, mais uma estreia, mais uma descoberta…

Boa noite, meus amigos!



Leituras

Terminei a leitura de “A Campânula de Vidro”, de Sylvia Plath (1932-1963), uma estreia, uma leitura inquietante, perturbadora, muito bom.

Norte-americana, “Teve uma breve, intensa e agitada vida, tendo escrito poesia, um romance, contos e um diário.”

Do posfácio:

“A importância de The Bel Jar [A Campânula de Vidro], decorre da superação das vivências individuais, reescritas após o impacto do modernismo. Sylvia Plath tem desde logo consciência do legado das rupturas modernistas a nível da narrativa, nomeadamente de James Joyce.”

(…)

“Com eles é uma zona de alteridade que se problematiza, a da loucura. A loucura deixa de ser uma entidade estranha, distante, o Outro de que falava o divulgado Foucault, para se revelar no sítio da normalidade. Mais grave, pode conduzir ao anátema do suicídio.”

Por Mário Avelar



domingo, 22 de setembro de 2024

Leituras

Depois de concluir um dos livros mais esclarecedores que li sobre o principal objetivo do regime nazi: o extermínio dos povos judeu, polaco e cigano, refiro-me a “Eichemen em Jerusalém - Uma reportagem sobre a banalidade do mal”, de Hannah Arendt, mudo-me de armas e bagagens para Nova York, ao encontro de “Campânula de Vidro”, de Sylvia Plath.

Posto isto, boa noite, ótima semana e leituras estimulantes, meus amigos!



domingo, 15 de setembro de 2024

Aquisições

Existem várias espécies de contrafortes que sustentam uma relação amorosa longa, um deles é o amor comum pela literatura, fomos simplesmente beber um café e visitar uma livraria, eu escolhi a Slimani (uma estreia), o meu Luís, o Mishima…




terça-feira, 3 de setembro de 2024

Leituras

 No meu plano de leituras no feminino - escritoras estrangeiras segue-se um ensaio de Hannah Arendt (1906-1975), “Eichmann em Jerusalém - Uma reportagem sobre a banalidade do mal”.

“A 11 de Maio de 1960, uma equipa de agentes da Mossad capturou Adolf Eichmann em Buenos Aires, Argentina, com o intuito de o levar a tribunal em Israel. Nesse ano, Hannah Arendt oferece os seus serviços ao redactor-chefe da New Yorker para cobrir o julgamento em Jerusalém. Da série de artigos escritos nessa altura nascerá o presente livro, cuja publicação em 1963 daria azo a uma intensa polémica.”

Será garantidamente uma leitura “pesada” mas atual e necessária.



Leituras

 Conclui a leitura de “ Léxico Familiar”, de Natália Ginzburg (1916-1991), uma escritora italiana.

À medida que ia progredindo na leitura, recordava a escrita de Elena Ferrante, e “A Amiga Genial”, e pensava: já sei onde Ferrante foi beber a forma de escrever.

“A narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim entre 1930 e 1950, período em que se assiste à ascensão do fascismo, à Segunda Guerra Mundial e aos acontecimentos que se lhe seguiram.”

“O seu espírito não sabia envelhecer e não conheceu nunca a velhice, que é ficar-se retraído e à parte a chorar a ruína do passado.”



terça-feira, 27 de agosto de 2024

Leituras

Conclui a leitura do meu primeiro policial de Donna Leon, a ação decorre em La Sereníssima, nos bastidores do afamado La Venice (o teatro), dá-nos a conhecer o outro lado da cidade veneziana, especialmente, os locais, os orgulhosos venezianos. Muito interessante. Hei-de regressar à companhia do Comissário Guido Brunetti…

Sem sair de Itália, vou conhecer a escrita de Natália Guinzburg: 

“A narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim entre 1930 e 1950, período em que se assiste à ascensão do fascismo, à Segunda Guerra Mundial e aos acontecimentos que se lhe seguiram.

(…)

Nesta narrativa de pendor autobiográfico, os acontecimentos quotidianos misturaram-se com reflexões que mantêm toda a atualidade.”

Promete.

Farto-me de viajar sem ter os aborrecimentos cada vez mais frequentes dos viajantes.

Boa noite!



Aquisições

Não podia deixar o querido mês de agosto chegar ao fim, sem que as escolhas do mês aportassem, finalmente, à Madeira!

E viram-se gregas para cá chegar! 






quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Leituras

 Confesso que fiz uma leitura sôfrega, mas bastante reflexiva de “A Madrugada de Birkenau”, por Simone Veil.

“As palavras de Simone Veil continuam atuais, a prova de que ela tinha um olhar extremamente arguto sobre a evolução do mundo.”

“Primeiro, Simone Veil fala da sua infância em Nice, da família, recorda o início das perseguições raciais em França, e relata a deportação, a vida nos campos de Drancy, Auschwitz-Birkenau, Bobrek e Bergen-Belsen, e o impacto destes acontecimentos na vida que se lhes seguiu. Depois, dialoga com antigos companheiros sobreviventes do Holocausto, e com a irmã, membro da Resistência, que reencontrou no fim da guerra. Simone Veil habita literalmente este livro - um extraordinário documento histórico, enriquecido por numerosas fotografias. Simone Veil veio a tornar-se uma das figuras mais populares de França e uma das mulheres mais importantes da política europeia do século XX.”

Uma leitura que recomendo vivamente, sobretudo para quem gosta de ler romances históricos sobre o tema.

Aqui não há ficção, só desumanidade e humilhação.



Aquisições

Em dia de celebração da cidade que nos acolhe há 29 anos, a literatura faz-se presente com a escritora madeirense Valentina Silva Ferreira, mas não só, leituras que prometem…




domingo, 18 de agosto de 2024

Leituras

“Deste legado, não me é possível dissociar a lembrança sempre presente, obsessiva, mesmo, dos seis milhões de judeus exterminados pela única razão de serem judeus. Seis milhões entre os quais se contam os meus pais, o meu irmão e muitos dos meus próximos. Eu não posso separar-me deles. Isso basta para que, até à minha morte, o meu judaísmo seja imprescritível. O Kadish será recitado sobre o meu túmulo.”

Veil, Simone - A Madrugada em Birkenau, Relógio D’Água, pág 2.

Leituras

A leitura deste policial de Patrícia Highsmith (A Máscara de Ripley), foi intensa pelo ritmo e pela densidade da trama, com um final inesperado a pedir mais!

Uma escritora genial, digo eu, Patrícia Highsmith “oferece-nos, no segundo romance da série protagonizada por Ripley, uma narrativa hipnotizante e perturbadora na qual Ripley fará tudo para que o seu novelo de mentiras não seja desfeito.”

Depois de um policial sigo para um género muito diferente, um testemunho na primeira pessoa: A Madrugada em Birkenau, por Simone Veil (Testemunhos recolhidos por David Teboul).

De Simone Veil (1927-2017), nasceu em Nice e tinha 16 anos quando foi detida e deportada. Depois da guerra, tornou-se magistrada e, em 1974, enquanto ministra da Saúde, levou à aprovação a “Lei Veil”, que despenalizou o aborto em França.

Em 1979, foi eleita a primeira mulher presidente do Parlamento Europeu.

Foi sepultada no Panteão Francês, em 2018.

Do livro falarei depois…





terça-feira, 13 de agosto de 2024

Leituras

Concluí a leitura de mais um livro do género “literatura de viagens”: “Na Rússia com Rilke”, de Lou Andreas-Salomé, nascida em São Petersburgo, a 12-09-1861, filósofa, escritora e psicanalista.

De pai de origem francesa, foi um general do Estado-Maior de Alexandre II. A mãe era filha de um fabricante de açúcar de origem dinamarquesa e alemã.

É um diário da viagem que empreendeu entre abril e agosto de 1900, começando e terminando em Moscovo.

Nesta viagem Lou reencontra o país da sua infância, eu reencontro a Rússia (a Pequena Rússia e a Grande Rússia), que eu gosto e que já não existe. Muito bom e interessante.

Prosseguindo com o meu Plano de Leituras, e mudando de género literário e de país, regresso, ao fim de alguns anos, a Patricia Highsmith e a Ms. Ripley, uma grande e singular escritora de policiais.

Posto isto, boa noite e leituras a condizer, meus amigos!



sábado, 3 de agosto de 2024

Leituras

 “Há muito poucos acontecimentos históricos que nos desconcertem tanto como as cruzadas e que nos pareçam tão difíceis de compreender. A inteligência não dispõe de meios que lhe permitam apreender a imensa força de sugestão que as suscitou. Quando descobrimos depois as terras conquistadas transformadas em Estados vassalos de tipo medieval e a corte de Antioquia com os seus chanceler, marechal, senescal e condestável, tal como uma corte de Lorena ou da Normandi, ou quando seguimos as intrigas entre o conde de Trípoli e o rei da Arménia, o rei de Jerusalém e o Imperador de Bizâncio, temos, então, de nos perguntar se será adequado falar de impulso espiritual.”

Schwarzenbach, Annemarie - Inverno no Próximo Oriente, Relógio D’Água, 2017, pág 66.



2 pequenas novas estantes, um estilo de vida…


 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Leituras

Conclui a leitura de “O Amante da China do Norte”, de Marguerite Duras. 

Uma leitura com várias camadas, a primeira, perturbadora, uma relação entre um homem de 27 anos e uma jovem com apenas 14/15 anos.

A segunda camada, terrível, aborda o colonialismo francês na Indochina, não existe colonialismo mau ou menos mau, toda a espécie de colonialismo é horrível e deprimente, para as famílias francesas deslocadas e para as famílias dos colonizados, dos mestiços.

A terceira camada, é a ousadia, a coragem, a liberdade de escrita, dos temas abordados por Duras. Muito bom.

Aproxima-se o início dos Jogos Olímpicos, em Paris, nem de propósito, o tema da minha próxima leitura: “Em Paris França”, Gertrude Stein (1874-1946), norte-americana, dá-nos uma visão da cidade em que escolheu viver durante mais de quarenta anos, numa época em que o seu exemplo foi seguido por escritores e artistas das mais diversas nacionalidades, de Hemingway a Joyce e Salvador Dali.

Só acrescento que, este livro foi publicado pela primeira vez em 1940, no dia em que a França foi ocupada pelos Alemães.

Promete.



domingo, 21 de julho de 2024

Leituras

 Durante este fim-de-semana, fez muito calor aqui na Região, só saí de casa ontem pela manhã, depois, resguardei-me no frescor de casa.

Entregue às leituras, e não só…

Terminei a leitura de “Uma Paixão Simples”, de Annie Ernaux, uma descoberta, terei de regressar para confirmar as primeiras impressões, positivas.

Entretanto regressei a Duras, decorridos 30 anos da primeira leitura, senti necessidade/vontade de revisitar um romance icónico e intemporal, é muito raro fazê-lo…

Posto isto, boa noite, ótima semana e leituras fresquinhas, meus amigos!



sábado, 20 de julho de 2024

Leituras

Depois de concluir a leitura de um pequeno e interessante policial, parto à descoberta de Annie Ernaux, uma Prémio Nobel de Literatura,  comecei a ler “Uma Paixão Simples”, quase um conto, com exatamente 70 pág.

Já me arrebatou e ainda só li 27 pág, conta a história de uma paixão entre uma mulher independente, culta e com filhos adultos e um homem casado, estrangeiro e mais novo, durou 2 anos.

A linguagem escrita é crua, desabrida e intensa, não estava à espera, mas estou a gostar, depois dou notícias …

Posto isto, noite tranquila, caros amigos!



terça-feira, 16 de julho de 2024

Leituras

Perguntaram-me que livro de poesia surgiria para quem não tem o hábito de ler este género de literatura, sugeri “Minha Senhora de Mim”, de Maria Teresa Horta, publicado pela primeira vez em 1971, foi apreendido pela PIDE, só voltou a ser publicado após 25-04-1974, com várias edições.

Foi uma pedrada no charco, um desafio às mentes cinzentas, retrógradas e hipócritas da época.




Embora a capa seja semelhante à da primeira edição, esta é de 2015.

Leituras

Durante o passado fim-de-semana, conclui o meu plano de leituras no feminino - escritoras de língua portuguesa e passei para as escritoras de língua estrangeira, começando com um policial da coleção Vampiro: O Mistério da Escada de Caracol, Mary Roberts Rinehart.

Este ano já consegui ler 18 livros, agora, da pilha de livros que construí só com as autoras estrangeiras, umas serão uma estreia, outras um regresso e pelo menos uma será uma releitura com um intervalo de duas décadas, mas não há pressa…



domingo, 14 de julho de 2024

Leituras

Início o plano de leituras no feminino - escritoras estrangeiras, com um policial da velhinha Coleção Vampiro, “O Mistério da Escada de Caracol”, de Mary Roberts Rinehart.

Boa noite, ótima semana e leituras fresquinhas, meus amigos!



Leituras

Depois da satisfação que me trouxe a leitura da biografia de Maria Teresa Horta, a leitura desta autobiografia de Maria Filomena Mónica (MFM), na vertente dos livros que leu ao longo da sua vida, quer num contexto académico, quer as leituras prazerosas que fez, fizeram crescer o meu entendimento e respeito pela socióloga e escritora. 

MFM evidencia uma cultura acima da média, baseada em muito trabalho de pesquisa e estudo aprofundado das matérias da sua área de interesse, mas não só.

Aprendi muito com a explanação das suas ideias e gostei de a ler porque sabe escrever para públicos simplesmente curiosos pela sua área profissional (a Sociologia).



Leituras

 Grande Eça de Queiroz, intemporal!

“Em Maio de 1890, num texto publicado na revista Anátema - e que é raramente citado - Eça abordava a questão da génese dos modernos nacionalismos. 

Começava por declarar que nunca se falara tanto de “fraternidade” - o título do artigo - mas que isso mais não era do que uma forma de esconder o ódio nascente entre os povos: 

“De facto, porém, nunca entre as nações existiu, como neste declinar dos velhos regímenes, tanta desconfiança, tanta malquerença, ódios tão intensos, apesar de vagos. 

Não se encontram hoje na Europa dois povos genuinamente fraternais: e nos países cujos interesses mais se entreligam, as almas permanecem separadas. O Alemão detesta o Russo. O Italiano abomina o Austríaco. O Dinamarquês exercerá o Alemão. Todos aborrecem o Inglês, que os despreza a todos.”

Mónica, Maria Filomena, Os Livros da Minha Vida, Relógio D’Água, 2023, pág 127.

domingo, 7 de julho de 2024

Leituras

A leitura de “A Desobediente, uma biografia de Maria Teresa Horta”, de Patrícia Reis, aprofundou o conhecimento que já tinha de uma poetisa lutadora pelos direitos das mulheres, inconformada, irreverente, e fez aumentar a minha admiração pelas lutas que empreendeu e pela poesia que escreveu.

“E é nas palavras que ainda agora coleciona que continua a caminhar.

Deito-me com as palavras 

beijo a boca dos poemas 

quando a razão desvaria 

Manipulo a linguagem 

tomo a nudez dos meus versos 

faço amor com a poesia”

Horta, Maria Teresa, As Palavras do Corpo, Publicações D. Quixote, Lisboa, 2012, p. 291.



Minha mãe, ontem, comprou 3 livros, inspirou-me… (viemos mostrar a Adega do Pomar aos primos, almoçar tb…)


 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Aquisições

Se podia vir a Lisboa e não passar pela Almedina-Rato, podia, mas não era a mesma coisa…

Gosto muito desta livraria, gosto dos livreiros, gosto do jardim…



quinta-feira, 6 de junho de 2024

Leituras

Concluída a leitura de “a cicatriz”, de Maria Francisca Gama, segue-se “A Desobediente - biografia de Maria Teresa Horta”, de Patrícia Reis.

Chove abundantemente…



segunda-feira, 3 de junho de 2024

Leituras.


Terminei a leitura do romance “Maria Moura”, de Rachael Queirós, vou sentir saudades daquela mulher forte, arrojada, corajosa, da Casa Forte construída na Serra dos Padres, dos seus “cabras”, de todos os que compõem a galeria de personagens deste extraordinário romance de 500 páginas cheias de movimento, cheiros, texturas e enredo, vou mesmo.

De acordo com a escritora, Maria Francisca Gama, a ação de “a cicatriz” desenrola-se na cidade de S. Paulo, assim, vou manter-me por lá, no imenso território brasileiro, abandonando o sertão em direção à grande metrópole. 

Estou curiosa.


quinta-feira, 23 de maio de 2024

Leituras.

Depois dos contos maravilhosos de Clarice Lispector, mantendo-me em terras de Vera Cruz, seguindo a recomendação de uma académica brasileira, entrego-me a Raquel de Queiroz.

Foi escritora, jornalista, militante contra a ditadura Vargas e porta-voz do Nordeste brasileiro.

Nas palavras de Heloisa Buarque de Holanda, Raquel é “nossa grande literatura feminista […] avant la lettre”.

Foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras!

Este título ganhou o Prémio Jabuti de Ficção do ano de 1993.

Narrado no Brasil rural do séc XIX, o livro conta a saga de Maria Moura, personagem forte, feminina e sertaneja.

O sertão, a liberdade, a violência, a disputa por terras, a religiosidade, a vontade e a emancipação feminina, a amizade e o amor são grandes temas de Raquel de Queiroz, todos tratados nesta obra-prima, escrita quando a autora já contava 82 anos.

Promete!