quinta-feira, 28 de maio de 2020
sábado, 23 de maio de 2020
sexta-feira, 22 de maio de 2020
quarta-feira, 20 de maio de 2020
segunda-feira, 18 de maio de 2020
sábado, 16 de maio de 2020
sexta-feira, 15 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
Livro: Jerusalém, Gonçalo M. Tavares, Círculo de Leitores, 2004.
Fui sempre de
comprar mais livros do que aqueles que consigo ler em tempo útil, por assim
dizer.
O acto de buscar,
de encontrar, de folhear, de cheirar, de trazer para casa, de
estar ali ao alcance da vista e da mão, é um prazer inigualável, é retemperador, é um
prémio, cada livro é uma promessa de bem viver.
Ontem à noite
acabei de ler Jerusalém, do Gonçalo M. Tavares (1970), um autor que
conheço e acompanho há muito, mas de quem só lia a coluna Diário no JL,
uma pequenina coluna.
Há 16 anos que Jerusalém
aguardava pacientemente que lhe desse atenção.
Li algures que
Gonçalo M. Tavares é o continuador de António Lobo Antunes (ALA), curiosamente,
integrado neste plano de leituras de autores portugueses masculinos, fiz também
a minha primeira leitura de ALA, A Memória de Elefante, o seu primeiro
romance publicado, também passado entre um hospital psiquiátrico e o quotidiano,
visto pelo médico, o narrador, inquietante.
Relativamente a
Jerusalém, é um livro poderoso, profundo, com os personagens a funcionarem
entre o real e a loucura, não é um livro fácil, com um tema incómodo, é uma
leitura exigente e igualmente inquietante.
“Ernest
Spengler estava sozinho no sótão, já com a janela aberta, preparado para se
atirar quando, subitamente, o telefone tocou. Uma vez, duas, três, quatro,
cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze, Ernest atendeu.”
quarta-feira, 13 de maio de 2020
terça-feira, 12 de maio de 2020
sábado, 9 de maio de 2020
sexta-feira, 8 de maio de 2020
quinta-feira, 7 de maio de 2020
Livro: Levantado do Chão, José Saramago, 1989, Círculo de Leitores.
Muito antes de
José Saramago (1922-2010) ganhar o Prémio Nobel de Literatura (1998), cá em
casa já havia um fervoroso admirador da sua forma de contar estórias.
Naquele tempo comprávamos
livros através da revista do Circulo de Leitores, e foi através do clube que o
nome do escritor se tornou familiar no seio da nossa família, à hora do jantar,
o Luis sentia verdadeiro prazer em contar as peripécias porque iam passando a Blimunda
Sete-Luas e o Baltasar Sete-Sóis, numa estória sobre um rei que fizera uma
promessa de levantar um Convento em Mafra se a rainha engravidasse.
Mais tarde,
quando os filhos leram o Memorial do Convento, a conversa passou a ser ainda mais
animada.
Demorei muitos
anos a ler a grande obra, mas, gostei mais de Levantado do Chão, o
romance que acabei de ler no dia 5 de maio, o Dia Mundial da Língua Portuguesa.
Um romance brutal,
atrevo-me a escrever.
O retrato de
uma forma de viver(?) cruel e desumana dos trabalhadores alentejanos, subjugados,
oprimidos e explorados pelos grandes proprietários, a igreja, a guarda e a polícia.
O romance
abarca um período compreendido entre o final do século XIX até ao 25 de abril
de 1974.
A forma de
escrever de Saramago, muito pouca pontuação e sem o sinal travessão,
obriga-nos a uma atenção redobrada, os pensamentos do narrador irrompem pelos “diálogos”
entre os personagens, gostei muitíssimo.
“E não sejam as
flores vosso cuidado, senhora mãe, que à fonte do Amieiro irei colher das
silvestres que neste mês de Maio cobrem os vales e as colinas, e estando as
laranjeiras floridas ramos delas trarei e assim nosso postigo será janela
enfeitada como varanda de alcácer, menos que os outros não seremos, porque
somos tanto.”
Concluo,
recomendo vivamente a leitura de Levantado do Chão…
quarta-feira, 6 de maio de 2020
terça-feira, 5 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
sábado, 2 de maio de 2020
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