O abandono está muito ligado ao insucesso. A ideia de que a escola
tem que estar ali para que todos aprendam é o melhor combate ao
abandono. Contudo, haverá sempre casos de abandono.Neste momento está a
desenvolver-se um conceito, para casos especiais, que são as escolas de
segunda oportunidade. Foi publicado o despacho 6954 que reconhece "a
importância do trabalho desenvolvido pela escola de Matosinhos, um sonho
pioneiro de construir uma resposta pública para jovens em abandono
precoce". Espera-se que se replique o modelo. Parece-me que é uma
medida realista e que tem sido bem sucedida. Não pode funcionar como um
alíbi que permita que a escola regular não assuma todos os alunos, mas
há miúdos que têm problemas tão graves na vida deles acabam mesmo por
sair. E, nesses casos, é importante que lhes seja dada uma segunda
oportunidade, que pode passar por complementarem a sua formação enquanto
trabalham ou voltar a tempo inteiro à escola.
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