Terminei esta leitura no último dia de
fevereiro. O prefácio desta edição é de Gonçalo M. Tavares. Do que conheço do
autor, sei que foi amigo, grande amigo de António Lobo Antunes. Três grandes
nomes das nossas Letras.
Demorei algumas páginas a entrar na
narrativa, até compreender o estilo de escrita de José Cardoso Pires. Depois,
devagarinho, pude começar a desfrutar, a viver, a aprender como se consegue pôr
no papel, vivências, emoções, o quotidiano de personagens iguais a todas nós.
Um enredo onde se misturam personagens
e locais: o narrador enquanto escritor, memórias recentes (com um ano), a
aldeia, os habitantes da aldeia, os amigos, a casa, a pensão, o largo da
aldeia, a lagoa, em que tudo gira à volta, a época de caça (o motivo que
garante o regresso do escritor à aldeia) e um crime.
Achei interessante a leitura de O
Delfim, mas, devo regressar ao escritor para o compreender melhor,
entretanto, recomendo-vos uma visita…
Um marco decisivo na afirmação do romance contemporâneo português, que espero revisitar assim que as tarefas laborais quotidianas abrandarem e o predomínio do negócio dê lugar ao do ócio...
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