Em pleno gozo de férias
a leitura continua a fazer-me companhia. Resguardando-me nos momentos de maior
calor, entre visitas a colegas e a amigos, fazendo companhia à filha enquanto
esta estuda, a leitura conduz-me a momentos de encantamento e de puro
relaxamento.
Desta vez ao acordar
num dia que promete ser quente, terminei a leitura de mais um romance de
Agustina, Fanny Owen. Baseado em acontecimentos reais, esta obra,
leva-nos até meados do séc. XIX, foi escrito a pedido, a fim de ser passado a
filme.
O assombroso deste
romance é que, Agustina para além dos personagens que fazem parte da trágica
história de amor, introduziu um personagem muito especial: Camilo Castelo
Branco, fazendo dele um ator muito importante e competindo com ele na procura
da palavra certa relativamente a um enredo romanticamente trágico.
Uma familiar do
escritor e estudiosa da sua obra, Maria do Carmo Castelo Branco, amavelmente
disponibilizou-me um texto que apresentou no “I Congresso Internacional
Agustina Bessa-Luís, 50 anos de vida literária”, com o título: A ordem da
ficção e a desordem da realidade (A propósito de Fanny Owen). Este texto
escrito pela académica Maria do Carmo, ajudou-me a compreender melhor o que lia
e desta forma, pude (acho eu) apreciar um romance literariamente exigente.
Gosto muito da escrita
de Agustina Bessa-Luís, recomendo por isso que leiam Fanny Owen. Eu
certamente voltarei ao seu convívio oportunamente…
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