quinta-feira, 9 de junho de 2016

Livro: Fanny Owen, Agustina Bessa-Luís, Guimarães Editores, 2009.

Em pleno gozo de férias a leitura continua a fazer-me companhia. Resguardando-me nos momentos de maior calor, entre visitas a colegas e a amigos, fazendo companhia à filha enquanto esta estuda, a leitura conduz-me a momentos de encantamento e de puro relaxamento.
Desta vez ao acordar num dia que promete ser quente, terminei a leitura de mais um romance de Agustina, Fanny Owen. Baseado em acontecimentos reais, esta obra, leva-nos até meados do séc. XIX, foi escrito a pedido, a fim de ser passado a filme.
O assombroso deste romance é que, Agustina para além dos personagens que fazem parte da trágica história de amor, introduziu um personagem muito especial: Camilo Castelo Branco, fazendo dele um ator muito importante e competindo com ele na procura da palavra certa relativamente a um enredo romanticamente trágico.
Uma familiar do escritor e estudiosa da sua obra, Maria do Carmo Castelo Branco, amavelmente disponibilizou-me um texto que apresentou no “I Congresso Internacional Agustina Bessa-Luís, 50 anos de vida literária”, com o título: A ordem da ficção e a desordem da realidade (A propósito de Fanny Owen). Este texto escrito pela académica Maria do Carmo, ajudou-me a compreender melhor o que lia e desta forma, pude (acho eu) apreciar um romance literariamente exigente.

Gosto muito da escrita de Agustina Bessa-Luís, recomendo por isso que leiam Fanny Owen. Eu certamente voltarei ao seu convívio oportunamente…



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