sábado, 16 de maio de 2015

Livro: Contos de Tchékhov, Volume I, Clássicos da Relógio D’Água, 2001

Terminei a leitura do primeiro volume dos Contos de Anton Tchékhov, um escritor russo muito apreciado, sobretudo, no mundo da dramaturgia, é também um grande contista. Este volume possui um prefácio de outro grande escritor russo, Vladimir Nabokov - um escritor que ainda não li -, neste prefácio Nabokov, refere que o avó de A. Tchékhov “…era servo – resgatou-se a si mesmo e á família por 3500 rublos…” e que “Tchékhov começou a escrever os seus primeiros contos para ajudar a família, já que não havia outro modo de esta sair de uma pobreza humilhante.”
Nabokov tece grandes elogios ao escritor e aos seus contos, defendendo-o ferozmente de quem o criticava na altura, comparando-o com outros grandes escritores, como Gógol, Flaubert ou Henry James.
Tchékhov escrevia livros tristes para pessoas alegres; quero dizer com isto que só um leitor com sentido de humor será capaz de sentir a tristeza deles.” E “O humor de Tchékhov é alheio a isso tudo, é um humor puramente tchekhoviano. O mundo, para ele, é cómico e triste ao mesmo tempo, e sem repararmos na sua comicidade não compreenderemos a sua tristeza, porque são inseparáveis.”
Na verdade, os contos de que mais gostei prendiam-se com histórias tristes mas com bastante humor, tais como Os Papa-jantares, o Vanka ou ainda o Coisa-Ruim, entre outros, histórias onde os protagonistas são as pessoas mais humildes da sociedade russa da época.
Gostei muito da sua forma de escrever, de uma qualidade inexcedível.
Pretendo adquirir outros volumes de contos (são 12, os volumes disponíveis) deste escritor russo, pois para mim, ler obras desta qualidade literária fazem-me feliz…
Desta forma, recomendo vivamente a leitura de Anton Tchèkov.


1 comentário:

  1. As viagens pela literatura russa dos anos dourados é uma aventura indescritível e Tchékhov um dos seus maiores expoentes...

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