Terminei
a leitura do primeiro volume dos Contos de Anton Tchékhov, um escritor russo
muito apreciado, sobretudo, no mundo da dramaturgia, é também um grande
contista. Este volume possui um prefácio de outro grande escritor russo,
Vladimir Nabokov - um escritor que ainda não li -, neste prefácio Nabokov,
refere que o avó de A. Tchékhov “…era
servo – resgatou-se a si mesmo e á família por 3500 rublos…” e que “Tchékhov
começou a escrever os seus primeiros contos para ajudar a família, já que não
havia outro modo de esta sair de uma pobreza humilhante.”
Nabokov
tece grandes elogios ao escritor e aos seus contos, defendendo-o ferozmente de
quem o criticava na altura, comparando-o com outros grandes escritores, como
Gógol, Flaubert ou Henry James.
“Tchékhov escrevia livros tristes para
pessoas alegres; quero dizer com isto que só um leitor com sentido de humor
será capaz de sentir a tristeza deles.” E “O humor de Tchékhov é alheio a isso tudo, é um humor puramente
tchekhoviano. O mundo, para ele, é cómico e triste ao mesmo tempo, e sem
repararmos na sua comicidade não compreenderemos a sua tristeza, porque são
inseparáveis.”
Na
verdade, os contos de que mais gostei prendiam-se com histórias tristes mas com
bastante humor, tais como Os
Papa-jantares, o Vanka ou ainda o
Coisa-Ruim, entre outros, histórias
onde os protagonistas são as pessoas mais humildes da sociedade russa da época.
Gostei
muito da sua forma de escrever, de uma qualidade inexcedível.
Pretendo
adquirir outros volumes de contos (são 12, os volumes disponíveis) deste escritor
russo, pois para mim, ler obras desta qualidade literária fazem-me feliz…
Desta
forma, recomendo vivamente a leitura de Anton Tchèkov.
As viagens pela literatura russa dos anos dourados é uma aventura indescritível e Tchékhov um dos seus maiores expoentes...
ResponderEliminar