“Muitas vezes me refiro a uma seita como a comunidade de escritores, editores, livreiros e leitores que teima em manter os livros no lugar dos livros, como artefactos da imaginação imprescindíveis à nossa sobrevivência.
Uma crença que se estreita e se alarga, conforme a nossa crença na causa e no esforço que fazemos por ela.
Mas, hoje, eu sei que a seita tem ainda uma outra dimensão, a de nos ampararmos uns aos outros, para sentirmos a perda não como perda mas como experiência, e o pânico não como pânico mas como campainha. E a beleza como supremo conforto.”
in “Em todos os sentidos”, de Lídia Jorge, citado por Afonso Cruz, em “O vício dos livros II”, Companhia das Letras, pág 143.
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