Conclui a leitura de “O Amante da China do Norte”, de Marguerite Duras.
Uma leitura com várias camadas, a primeira, perturbadora, uma relação entre um homem de 27 anos e uma jovem com apenas 14/15 anos.
A segunda camada, terrível, aborda o colonialismo francês na Indochina, não existe colonialismo mau ou menos mau, toda a espécie de colonialismo é horrível e deprimente, para as famílias francesas deslocadas e para as famílias dos colonizados, dos mestiços.
A terceira camada, é a ousadia, a coragem, a liberdade de escrita, dos temas abordados por Duras. Muito bom.
Aproxima-se o início dos Jogos Olímpicos, em Paris, nem de propósito, o tema da minha próxima leitura: “Em Paris França”, Gertrude Stein (1874-1946), norte-americana, dá-nos uma visão da cidade em que escolheu viver durante mais de quarenta anos, numa época em que o seu exemplo foi seguido por escritores e artistas das mais diversas nacionalidades, de Hemingway a Joyce e Salvador Dali.
Só acrescento que, este livro foi publicado pela primeira vez em 1940, no dia em que a França foi ocupada pelos Alemães.
Promete.