quinta-feira, 25 de julho de 2024

Leituras

Conclui a leitura de “O Amante da China do Norte”, de Marguerite Duras. 

Uma leitura com várias camadas, a primeira, perturbadora, uma relação entre um homem de 27 anos e uma jovem com apenas 14/15 anos.

A segunda camada, terrível, aborda o colonialismo francês na Indochina, não existe colonialismo mau ou menos mau, toda a espécie de colonialismo é horrível e deprimente, para as famílias francesas deslocadas e para as famílias dos colonizados, dos mestiços.

A terceira camada, é a ousadia, a coragem, a liberdade de escrita, dos temas abordados por Duras. Muito bom.

Aproxima-se o início dos Jogos Olímpicos, em Paris, nem de propósito, o tema da minha próxima leitura: “Em Paris França”, Gertrude Stein (1874-1946), norte-americana, dá-nos uma visão da cidade em que escolheu viver durante mais de quarenta anos, numa época em que o seu exemplo foi seguido por escritores e artistas das mais diversas nacionalidades, de Hemingway a Joyce e Salvador Dali.

Só acrescento que, este livro foi publicado pela primeira vez em 1940, no dia em que a França foi ocupada pelos Alemães.

Promete.



domingo, 21 de julho de 2024

Leituras

 Durante este fim-de-semana, fez muito calor aqui na Região, só saí de casa ontem pela manhã, depois, resguardei-me no frescor de casa.

Entregue às leituras, e não só…

Terminei a leitura de “Uma Paixão Simples”, de Annie Ernaux, uma descoberta, terei de regressar para confirmar as primeiras impressões, positivas.

Entretanto regressei a Duras, decorridos 30 anos da primeira leitura, senti necessidade/vontade de revisitar um romance icónico e intemporal, é muito raro fazê-lo…

Posto isto, boa noite, ótima semana e leituras fresquinhas, meus amigos!



sábado, 20 de julho de 2024

Leituras

Depois de concluir a leitura de um pequeno e interessante policial, parto à descoberta de Annie Ernaux, uma Prémio Nobel de Literatura,  comecei a ler “Uma Paixão Simples”, quase um conto, com exatamente 70 pág.

Já me arrebatou e ainda só li 27 pág, conta a história de uma paixão entre uma mulher independente, culta e com filhos adultos e um homem casado, estrangeiro e mais novo, durou 2 anos.

A linguagem escrita é crua, desabrida e intensa, não estava à espera, mas estou a gostar, depois dou notícias …

Posto isto, noite tranquila, caros amigos!



terça-feira, 16 de julho de 2024

Leituras

Perguntaram-me que livro de poesia surgiria para quem não tem o hábito de ler este género de literatura, sugeri “Minha Senhora de Mim”, de Maria Teresa Horta, publicado pela primeira vez em 1971, foi apreendido pela PIDE, só voltou a ser publicado após 25-04-1974, com várias edições.

Foi uma pedrada no charco, um desafio às mentes cinzentas, retrógradas e hipócritas da época.




Embora a capa seja semelhante à da primeira edição, esta é de 2015.

Leituras

Durante o passado fim-de-semana, conclui o meu plano de leituras no feminino - escritoras de língua portuguesa e passei para as escritoras de língua estrangeira, começando com um policial da coleção Vampiro: O Mistério da Escada de Caracol, Mary Roberts Rinehart.

Este ano já consegui ler 18 livros, agora, da pilha de livros que construí só com as autoras estrangeiras, umas serão uma estreia, outras um regresso e pelo menos uma será uma releitura com um intervalo de duas décadas, mas não há pressa…



domingo, 14 de julho de 2024

Leituras

Início o plano de leituras no feminino - escritoras estrangeiras, com um policial da velhinha Coleção Vampiro, “O Mistério da Escada de Caracol”, de Mary Roberts Rinehart.

Boa noite, ótima semana e leituras fresquinhas, meus amigos!



Leituras

Depois da satisfação que me trouxe a leitura da biografia de Maria Teresa Horta, a leitura desta autobiografia de Maria Filomena Mónica (MFM), na vertente dos livros que leu ao longo da sua vida, quer num contexto académico, quer as leituras prazerosas que fez, fizeram crescer o meu entendimento e respeito pela socióloga e escritora. 

MFM evidencia uma cultura acima da média, baseada em muito trabalho de pesquisa e estudo aprofundado das matérias da sua área de interesse, mas não só.

Aprendi muito com a explanação das suas ideias e gostei de a ler porque sabe escrever para públicos simplesmente curiosos pela sua área profissional (a Sociologia).



Leituras

 Grande Eça de Queiroz, intemporal!

“Em Maio de 1890, num texto publicado na revista Anátema - e que é raramente citado - Eça abordava a questão da génese dos modernos nacionalismos. 

Começava por declarar que nunca se falara tanto de “fraternidade” - o título do artigo - mas que isso mais não era do que uma forma de esconder o ódio nascente entre os povos: 

“De facto, porém, nunca entre as nações existiu, como neste declinar dos velhos regímenes, tanta desconfiança, tanta malquerença, ódios tão intensos, apesar de vagos. 

Não se encontram hoje na Europa dois povos genuinamente fraternais: e nos países cujos interesses mais se entreligam, as almas permanecem separadas. O Alemão detesta o Russo. O Italiano abomina o Austríaco. O Dinamarquês exercerá o Alemão. Todos aborrecem o Inglês, que os despreza a todos.”

Mónica, Maria Filomena, Os Livros da Minha Vida, Relógio D’Água, 2023, pág 127.

domingo, 7 de julho de 2024

Leituras

A leitura de “A Desobediente, uma biografia de Maria Teresa Horta”, de Patrícia Reis, aprofundou o conhecimento que já tinha de uma poetisa lutadora pelos direitos das mulheres, inconformada, irreverente, e fez aumentar a minha admiração pelas lutas que empreendeu e pela poesia que escreveu.

“E é nas palavras que ainda agora coleciona que continua a caminhar.

Deito-me com as palavras 

beijo a boca dos poemas 

quando a razão desvaria 

Manipulo a linguagem 

tomo a nudez dos meus versos 

faço amor com a poesia”

Horta, Maria Teresa, As Palavras do Corpo, Publicações D. Quixote, Lisboa, 2012, p. 291.



Minha mãe, ontem, comprou 3 livros, inspirou-me… (viemos mostrar a Adega do Pomar aos primos, almoçar tb…)