segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Livro: A Obsessão da Portugalidade, Onésimo Teotónio Almeida, Quetzal, 2018.

 É o terceiro ensaio que leio do autor, aprendo muito com ele, aprendo a refletir e a organizar o meu pensamento sobre certos assuntos.

Onésimo Teotónio Almeida (Onésimo T. A.) é professor universitário numa universidade norte-americana, a Brown (Providence, Rhode Island), aí doutorou-se em Filosofia, sendo catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros, lecionando ainda em outros estabelecimentos de ensino.

É muito prolífero na escrita, académica e literária, um académico exigente, um espetador atento do nosso país, assume-se como um divulgador e representante de Portugal na América, apesar de longe, muito presente na vida cultural portuguesa através de viagens sucessivas entre o território norte-americano, as Ilhas Açorianas (de onde é natural) e o Continente português, é dono de um grande sentido de humor.

Para este livro, Onésimo T. A. reuniu um conjunto de textos que já antes publicara em livros e revistas, exceto um, alguns sofrerem modificações, outros foram lidos em conferências e palestras.

O tema desta compilação de textos conduz-nos em busca do sentido da portugalidade:

Com enorme frequência surgem livros com Portugal no título, interrogando-se sobre quem somos, porque somos assim, ou como modernizar Portugal sem abandonar o seu passado, elaborando diagnósticos do País, apontando-lhe as mazelas e sugerindo-lhe medicação. O presente livro não pretende fazer nenhum diagnóstico nem oferecer uma receita. Ele resulta de uma leitura do destino da nossa cultura e daquilo que, após o 25 de Abril, se vulgarizou apelidar «a questão da identidade nacional». Em resumo, os pensadores portugueses que procuram refletir o País deparavam-se com um problema a necessitar de explicação: como passou Portugal do glorioso empreendimento dos Descobrimentos para séculos seguidos de letargia? O Portugal real, autêntico, era o de Quinhentos, ou o que prolongadamente se seguiu? Como poderemos encarar o futuro com tanto passado atrás de nós ainda por resolver?”

Recomendo vivamente a sua leitura…


 

Sem comentários:

Enviar um comentário