De Luis Sepúlveda (1949-2020), ainda só lera o “Últimas Notícias do Sul”, um conjunto de pequenos contos e fotografias das paisagens da Patagónia. Uma leitura muito interessante.
Desta vez a viagem empreendida teve como destino a Amazónia equatoriana, Luis Sepúlveda escreveu este livro durante uma estadia naquele país durante um trabalho para a UNESCO.
O escritor, jornalista e ativista político chileno viveu com a tribo índia Shuar, vivenciou o choque entre índios e garimpeiros, a crescente ocupação dos territórios até então virgens pelos homens brancos, a destruição desenfreada de espécies animais e vegetais.
Conheceu Chico Mendes, o rosto mais conhecido da defesa da Amazónia e a ele dedicou este romance.
Numa escrita luminosa, o autor conta-nos a história de um homem que foi viver com a tribo Shuar, tornando-se como deles, mas não um deles, e que depois de regressar ao convívio com os homens brancos aprendeu a ler e a gostar de romance de amor. Uma bela história.
Concluo, convidando-vos à leitura deste pequeno, mas intenso romance…