segunda-feira, 13 de maio de 2019

Livro: Crime e Castigo, Fiódor Dostoievski, Relógio D’Água, 2009.


Mais de um mês depois de iniciar a leitura do romance Crime e Castigo, de Fiódor D. (1821-1881), dou por concluída a sua leitura.

Foi, é um romance psicologicamente exigente, esgotante até, Fiódor D. escreve magistralmente e através da sua escrita somos espetadores das dúvidas, dos tormentos e das angústias que assolam o personagem principal, Rodion Románitch Raskólnikov, um estudante de direito pobre e desesperado que comete um assassínio.

A vítima é uma velha usurária, Raskólnikov imagina-se um grande homem, agindo por uma causa que está para além das convenções da lei moral e o coloca acima do comum dos mortais. O seu acto é praticado com uma mistura de sangue-frio e exaltado misticismo. Mas quando inicia um jogo do gato e do rato com um polícia, Raskólnikov é cada vez mais perseguido pela voz da sua consciência. Apenas Sónia, uma prostituta, lhe concede a possibilidade de redenção.

Do escritor já havia lido, Os Demónios, outro romance fabuloso, mas agora com a obra Crime e Castigo, consolidei a apreciação e a certeza de Fiódor D. ser um escritor das profundezas da alma, que nos mostra a face oculta do ser humano, neste caso, julgando-se acima das normas sociais e das leis tenta “endireitar” o mundo fazendo justiça por suas próprias mãos.

Contudo, no final e já a cumprir o castigo que lhe foi imposto, Fiódor D. através do casal Raskólnikov  e Sónia, diz-nos que afinal é o amor que nos salva.

Termino recomendando vivamente a leitura de Fiódor D. e de Crime e Castigo, porque há escritores que é imprescindível ler e conhecer…


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