Mais de um mês
depois de iniciar a leitura do romance Crime
e Castigo, de Fiódor D. (1821-1881), dou por concluída a sua leitura.
Foi, é um
romance psicologicamente exigente, esgotante até, Fiódor D. escreve magistralmente
e através da sua escrita somos espetadores das dúvidas, dos tormentos e das
angústias que assolam o personagem principal, Rodion Románitch Raskólnikov, um
estudante de direito pobre e desesperado que comete um assassínio.
“A vítima é uma velha usurária, Raskólnikov
imagina-se um grande homem, agindo por uma causa que está para além das
convenções da lei moral e o coloca acima do comum dos mortais. O seu acto é
praticado com uma mistura de sangue-frio e exaltado misticismo. Mas quando
inicia um jogo do gato e do rato com um polícia, Raskólnikov é cada vez mais
perseguido pela voz da sua consciência. Apenas Sónia, uma prostituta, lhe
concede a possibilidade de redenção.”
Do escritor já
havia lido, Os Demónios, outro
romance fabuloso, mas agora com a obra Crime
e Castigo, consolidei a apreciação e a certeza de Fiódor D. ser um escritor
das profundezas da alma, que nos mostra a face oculta do ser humano, neste
caso, julgando-se acima das normas sociais e das leis tenta “endireitar” o
mundo fazendo justiça por suas próprias mãos.
Contudo, no
final e já a cumprir o castigo que lhe foi imposto, Fiódor D. através do casal Raskólnikov e Sónia, diz-nos que afinal é o amor que nos
salva.
Termino recomendando
vivamente a leitura de Fiódor D. e de Crime
e Castigo, porque há escritores que é imprescindível ler e conhecer…
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