Gosto de regressar ao convívio com aqueles
escritores que considero intemporais, A
Educação Sentimental, é apenas o segundo livro que li de Gustave Flaubert (1821-1880)
e dizem os especialistas que é um clássico da literatura.
Gostei de ler Madame Bovary, do mesmo autor, mas na verdade achei A Educação
Sentimental, uma obra mais estruturada e completa.
Ambos são romances de época, de critica social
e bastante polémicos, se em Madame Bovary, Flaubert retrata a vida de uma
mulher casada, que se sentia espartilhada pelas convenções sociais e desejosa de se sentir livre e amada,
já em A Educação Sentimental, o autor desenvolve um enredo à volta de um
personagem masculino que procurando a ascensão social e o reconhecimento
público, anseia por encontrar e viver um grande amor, saltitando de mulher em
mulher procura entre os diversos tipos sociais de mulheres encontrar a tal…
A época conturbada em que decorre a ação emoldura
um retrato social de um conjunto de gentes que procuravam manter os seus bens e
status intocáveis, a aristocracia, outros, os burgueses, desejavam ascender socialmente
e procuravam atingi-lo através da política e a grande maioria, o povo,
despoletava uma revolução em busca de uma vida melhor.
Flaubert escreve de uma forma tal que sentimos
estar a viver aqueles momentos e a sentir aquelas emoções.
Concluo estas breves palavras, convidando-vos a
descobrirem Gustave Flaubert…