Gosto
de cumprir os planos de leitura que auto-estabeleço, desta forma procuro seguir
um caminho num meio onde seria muito fácil perder-me.Mas, não, não sou rígida.
Leio por prazer, não corro atrás de nada nem de ninguém, sigo os meus ritmos, a
minha curiosidade. Já basta a vida quotidiana, com os seus horários e
projectos, aí sim, temos obrigações, deveres, compromissos a que não podemos
faltar, adiar, procrastinar.
Neste
mundo só meu, durante este período de férias, vim recolher dois livros de Jane
Austen para os levar para casa, um deles, Orgulho
e Preconceito, já o tinha lido, aqui, dei conta da minha reflexão, mas A Abadia de Northanger, ainda não.
E
foi este romance que terminei de ler ontem à noite, uma leitura muito
agradável, deliciosa mesmo:
“…A Abadia de
Northanger tem a mais jovem heroína de Jane Austen e é uma história de amor
juvenil com o inevitável fim feliz, contada de modo simples em prosa vívida e
elegante, com frequentes intervenções da autora. É a história de uma jovem
atraente, ingénua e gentil, que se torna consciente de si própria e aprende as
complexidades da moral social e pessoal e se apercebe de que a vidarealnada tem
em comum com os excêntricos romances góticos que alimentaram a sua excitada
imaginação.”
Esta
edição tem a particularidade de possuir um posfácio escrito por P.D. James, uma
escritora inglesa de policiais que muito admiro, o excerto sobredito é seu.
Para
terminar e como corolário deste gentil romance de Jane Austen, deixo-vos as
palavras da autora que finalizam a obra:
“Começar uma vida de
perfeita felicidade aos vinte e seis e aos dezoito anos é muito bom. E estando
eu convencida de que a interferência injusta do general, longe de prejudicar a
felicidade deles, lhe foi talvez favorável, permitindo que se conhecessem
melhor e que fortalecessem o seu amor, deixo, a quem esteja interessado, o
cuidado de apreciar se a tendência desta obra é a de recomendar a tirania
paterna ou de recompensar a desobediência filial.”
Recomendo a leitura deste romance a todos vós, quanto
a mim desejo continuar a descobrir as heroínas de Jane Austen...
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