"Para os multiculturalistas, o muçulmano é só isso: o muçulmano:
é como se a cultura fosse uma variável tão imóvel e sufocante como a biologia.
É como se a «comunidade muçulmana» fosse um destino genético. As grandes
vitimas deste irracionalismo foram as mulheres muçulmanas. A pulsão conhecida
pelo eufemismo de «multiculturalismo» impediu uma critica séria a atrocidades
como aquela que se abateu sobre Asia Bibi, uma católica paquistanesa que foi
condenada à morte porque ousou beber água de uma vasilha destinada a muçulmanos.
Se não existe na rua e se em casa não tem espaço para si, a
mulher acaba por ser propriedade coletiva da família. Nem sequer é figurante, é
o palco. Sem surpresa nesta conceção de Mulher acaba por gerar um facto
insofismável: quando as mulheres se revoltam, muitas famílias reagem através de
assassínios descritos como «crimes de honra»; a «comunidade muçulmana» é
responsável por 96% destes crimes na Europa.
Na Austrália, um afegão chamado Sharifi violou duas raparigas. O Tribunal de primeira instância condenou-o à pena máxima, mas o Tribunal de segunda instância aceitou a argumentação relativista do advogado de defesa. O Juiz reduziu a pena porque Sharifi é oriundo de uma cultura sem «uma noção clara do conceito de consentimento da mulher no momento do acto sexual». É a glória do multiculturalismo: um crime contra uma mulher passa a ser um fenómeno cultural.”
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