terça-feira, 27 de agosto de 2024

Leituras

Conclui a leitura do meu primeiro policial de Donna Leon, a ação decorre em La Sereníssima, nos bastidores do afamado La Venice (o teatro), dá-nos a conhecer o outro lado da cidade veneziana, especialmente, os locais, os orgulhosos venezianos. Muito interessante. Hei-de regressar à companhia do Comissário Guido Brunetti…

Sem sair de Itália, vou conhecer a escrita de Natália Guinzburg: 

“A narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim entre 1930 e 1950, período em que se assiste à ascensão do fascismo, à Segunda Guerra Mundial e aos acontecimentos que se lhe seguiram.

(…)

Nesta narrativa de pendor autobiográfico, os acontecimentos quotidianos misturaram-se com reflexões que mantêm toda a atualidade.”

Promete.

Farto-me de viajar sem ter os aborrecimentos cada vez mais frequentes dos viajantes.

Boa noite!



Aquisições

Não podia deixar o querido mês de agosto chegar ao fim, sem que as escolhas do mês aportassem, finalmente, à Madeira!

E viram-se gregas para cá chegar! 






quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Leituras

 Confesso que fiz uma leitura sôfrega, mas bastante reflexiva de “A Madrugada de Birkenau”, por Simone Veil.

“As palavras de Simone Veil continuam atuais, a prova de que ela tinha um olhar extremamente arguto sobre a evolução do mundo.”

“Primeiro, Simone Veil fala da sua infância em Nice, da família, recorda o início das perseguições raciais em França, e relata a deportação, a vida nos campos de Drancy, Auschwitz-Birkenau, Bobrek e Bergen-Belsen, e o impacto destes acontecimentos na vida que se lhes seguiu. Depois, dialoga com antigos companheiros sobreviventes do Holocausto, e com a irmã, membro da Resistência, que reencontrou no fim da guerra. Simone Veil habita literalmente este livro - um extraordinário documento histórico, enriquecido por numerosas fotografias. Simone Veil veio a tornar-se uma das figuras mais populares de França e uma das mulheres mais importantes da política europeia do século XX.”

Uma leitura que recomendo vivamente, sobretudo para quem gosta de ler romances históricos sobre o tema.

Aqui não há ficção, só desumanidade e humilhação.



Aquisições

Em dia de celebração da cidade que nos acolhe há 29 anos, a literatura faz-se presente com a escritora madeirense Valentina Silva Ferreira, mas não só, leituras que prometem…




domingo, 18 de agosto de 2024

Leituras

“Deste legado, não me é possível dissociar a lembrança sempre presente, obsessiva, mesmo, dos seis milhões de judeus exterminados pela única razão de serem judeus. Seis milhões entre os quais se contam os meus pais, o meu irmão e muitos dos meus próximos. Eu não posso separar-me deles. Isso basta para que, até à minha morte, o meu judaísmo seja imprescritível. O Kadish será recitado sobre o meu túmulo.”

Veil, Simone - A Madrugada em Birkenau, Relógio D’Água, pág 2.

Leituras

A leitura deste policial de Patrícia Highsmith (A Máscara de Ripley), foi intensa pelo ritmo e pela densidade da trama, com um final inesperado a pedir mais!

Uma escritora genial, digo eu, Patrícia Highsmith “oferece-nos, no segundo romance da série protagonizada por Ripley, uma narrativa hipnotizante e perturbadora na qual Ripley fará tudo para que o seu novelo de mentiras não seja desfeito.”

Depois de um policial sigo para um género muito diferente, um testemunho na primeira pessoa: A Madrugada em Birkenau, por Simone Veil (Testemunhos recolhidos por David Teboul).

De Simone Veil (1927-2017), nasceu em Nice e tinha 16 anos quando foi detida e deportada. Depois da guerra, tornou-se magistrada e, em 1974, enquanto ministra da Saúde, levou à aprovação a “Lei Veil”, que despenalizou o aborto em França.

Em 1979, foi eleita a primeira mulher presidente do Parlamento Europeu.

Foi sepultada no Panteão Francês, em 2018.

Do livro falarei depois…





terça-feira, 13 de agosto de 2024

Leituras

Concluí a leitura de mais um livro do género “literatura de viagens”: “Na Rússia com Rilke”, de Lou Andreas-Salomé, nascida em São Petersburgo, a 12-09-1861, filósofa, escritora e psicanalista.

De pai de origem francesa, foi um general do Estado-Maior de Alexandre II. A mãe era filha de um fabricante de açúcar de origem dinamarquesa e alemã.

É um diário da viagem que empreendeu entre abril e agosto de 1900, começando e terminando em Moscovo.

Nesta viagem Lou reencontra o país da sua infância, eu reencontro a Rússia (a Pequena Rússia e a Grande Rússia), que eu gosto e que já não existe. Muito bom e interessante.

Prosseguindo com o meu Plano de Leituras, e mudando de género literário e de país, regresso, ao fim de alguns anos, a Patricia Highsmith e a Ms. Ripley, uma grande e singular escritora de policiais.

Posto isto, boa noite e leituras a condizer, meus amigos!



sábado, 3 de agosto de 2024

Leituras

 “Há muito poucos acontecimentos históricos que nos desconcertem tanto como as cruzadas e que nos pareçam tão difíceis de compreender. A inteligência não dispõe de meios que lhe permitam apreender a imensa força de sugestão que as suscitou. Quando descobrimos depois as terras conquistadas transformadas em Estados vassalos de tipo medieval e a corte de Antioquia com os seus chanceler, marechal, senescal e condestável, tal como uma corte de Lorena ou da Normandi, ou quando seguimos as intrigas entre o conde de Trípoli e o rei da Arménia, o rei de Jerusalém e o Imperador de Bizâncio, temos, então, de nos perguntar se será adequado falar de impulso espiritual.”

Schwarzenbach, Annemarie - Inverno no Próximo Oriente, Relógio D’Água, 2017, pág 66.



2 pequenas novas estantes, um estilo de vida…